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Isis: Deusa da magia, protetora do lar e das crianças

ISIS: DEUSA DA MAGIA

Isis: Deusa da magia, protetora do lar e das

Iêda Vilas-Bôas  e Reinaldo Filho Vilas Boas Bueno trazem a e poderes de Ísis desde tempos passados até os tempos contemporâneos. Isis aproxima homens e mulheres de sua consciência do e de seu poder criador e criativo

Ísis, a alada Deusa da Magia, foi adorada, principalmente no Egito antigo – estendendo seu voo a diversos tempos, culturas e manifestações religiosas – até a contemporaneidade e continua a manter sua popularidade dentro da história e egípcia, assim, preservando sua importância, simbologia, e seu poder manifestado nas energias da Seu arquétipo pode ser encontrado em diversos mitos, estando
ela, diretamente ligada ao da “Criação do Mundo”, à cidade de Heliópolis, com seus nove deuses, e à história de “Isis e Rá”.

Conta-se que Ísis teria se casado com seu irmão, o deus Osíris, o dono do mundo dos mortos e da ideia de vida após a morte – a teoria da rematerialização universal que o universo promove em suas mais diversas formas.

Os dois formaram o primeiro casal real egípcio. Ísis trouxe ao mundo o deus Hórus (aquele que tudo vê), divindade relacionada ao poder dos faraós, assim. Todos eles se associavam a Hórus e regiam a terra também como divindades. Os faraós carregavam dois amuletos importantíssimos que estabeleciam essa ligação com o divino: o “Tyet”, comumente conhecido como “Nó de Ísis”, e o “Ankh”, símbolo da própria vida, que garantia a proteção daqueles que o utilizassem.

Ísis é considerada grande magista por ter, com seu poder, descoberto o nome verdadeiro do deus, curando Rá da picada venenosa de uma serpente encantada. Por possuir conhecimento e sabedoria no manejo das plantas curativas, fez-se muito respeitada, e Rá a presenteou com poderes, mais em sinal de gratidão.

A deusa Ísis é representada como uma que traz um trono sobre sua cabeça, símbolo do poder faraônico. Os egípcios amavam Isis e a nominavam com diferentes e simbólicos nomes: “Rainha do Céu”, “Mãe dos Deuses”, “A mais brilhante no firmamento”, “Grande Senhora da Magia”, “Senhora das Palavras de Poder”, entre outros. O culto a essa divindade estendeu-se à civilização greco-romana.

E, ainda hoje, Ísis é cultuada em diversos segmentos de manifestações culturais e religiosas. Inclusive ajudando na reconciliação familiar como um elo entre mães e filhos, capaz de realinhar qualquer díspar que entre eles haja.

No caminhar da história, a deusa Ísis resgata sua verdadeira essência no alinhamento à cosmológica. Ela se revela como uma “Força Mãe”, força motriz, uma consciência que gesta, manifesta, nutre e expande a gestação em todas as dimensões.

Esse poder gestacional de “Mãe” traz a ancestral e dá a todos a possibilidade de vivenciar essa energia criadora. Esse poder de gestação transcende a questão do gênero, pois no mundo espiritual, masculino e feminino não significam ser homem ou mulher.

Esotericamente todos nós possuímos energias masculinas (yang) e femininas (yin) e, no mundo físico, nos reconhecemos dentro desses polos, geralmente dentro de um deles, mas também dentro dos dois, ou um gênero pode carregar a energia de polo diferente.

Também esse gênero pode ser fluido e a energia yin e yang permear ou visitar o corpo físico eventualmente. Sob essa perspectiva, o poder gestacional de Isis aproxima homens e mulheres de sua consciência do Sagrado e de seu poder criador e criativo. Afinal, qualquer manifestação material do homem é uma gestação espiritual e psíquica que se dá à forma densa do nosso plano.

Assim, Ísis divide com os humanos poderes de manifestações físicas no aqui e agora de nos reconectarmos com a grande teia da vida e de tecermos o caminho de volta para o Sagrado, conforme nossa vontade (livre arbítrio).
O nome Ísis significa “trono”, demonstrando sua realeza. A deusa possui habilidades mágicas tão grandes que pode curar doentes e até trazer mortos de volta à vida. Ísis gestacional é provedora de vida. Comumente aparece amamentando seu filho Hórus.

É a grande mãe universal, a que nutre, a protetora das mulheres durante o parto e a consoladora daqueles que perdem entes queridos e, ainda, também assim é a mãe dos mortos, a restauradora das almas.

A Alta Magia de Ísis baseava-se na filosofia de criar abundância, e felicidade para quem a ela recorresse. Essa invocação continua com validade e excelentes resultados.

Normalmente Ísis é convocada em rituais de restabelecimento energético para o equilíbrio das forças vitais. Esse é um antigo método de realinhamento vibracional das energias do seu corpo, redirecionando-as para o cérebro. Somos energia, captamos energia do exterior e liberamos energia. Nesse processo, se o corpo físico, mental e espiritual não estiver em sintonia, muitas energias se perdem.

Metaforicamente, Ísis vai trazer a morte e o renascimento do corpo emocional, restaurando a saúde, o equilíbrio, e preparando o ser para o sucesso, a vitalidade e a elicidade. Ísis tem o poder e a magia de acordar a mente e recolocá-la no trilhar da evolução consciente. A deusa Ísis está diretamente ligada ao banimento de energias maléficas; para esse fim, é preciso entender de Alta Magia e suas práticas contemporâneas.

Pelo amanhecer virar-se em direção ao leste, traçar no ar o Hexagrama e recitar: AMGEDPHA!.

Ave, Isis!

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Iêda Vilas-Bôas – Escritora

 

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Reinaldo Filho Vilas Boas Bueno – Escritor

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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