Para a convivência humana

Para a convivência humana

O artista e padre Joacir d’Abadia começa o ano novo nos levando a reflexão sobre o nosso comportamento diante do novo e modificador momento da humana

Chego até você por meio desta reflexão num difícil que estamos passando. O mundo inteiro vive esta instabilidade provocada pela pandemia do coronavírus. Para tanto, quero refletir com você a respeito da “Convivência Humana”, uma vez que o grande clamor da nestes últimos meses foram o “isolamento social”, o qual por um instante se fez necessário.

Pois bem! Você já deve ter percebido, a convivência humana, a qual nos ajuda ser mais gente, cada dia está abalada com a pandemia que persiste continuar no nosso meio. O que se tem pra fazer, em casa, é conviver, certo? Muitos pais estão dentro de casa, com seus filhos, fazendo e estudando outros já estão voltando “ao normal”. Tudo isso de forma “online” ou presencial. Tanto os pais quanto os filhos precisam de concentração para realizarem seus ofícios seja em casa, no trabalho ou na .

A convivência é colocada em prática aqui seguindo 5 dicas:

1. Confie no ser humano. Você pensa que é muito difícil confiar nas pessoas? Confie, antes de tudo, no ser humano que é você mesmo, de forma a se permitir enxergar, em si, o que ninguém vê.

2. Permita-se amar. Você se ama? Ame ao extremo, ao ponto de se sentir feliz com o “sofrimento” que o pode causar em sua vida.

3. Use a palavra perdão. Tenha certeza: o perdão será continuamente um alívio pois vai além do corpo, chega até a . Poucas pessoas usam essa palavra perdão! Você não é “pouca pessoa”, antes, uma pessoa. Então, perdoe.

4. Acredite nos seus potenciais. Se você não acreditasse naquele ser humano que existe dentro de você, não seria a pessoa respeitada e amada que és.

Acreditar em si mesmo é o primeiro passo na caminhada em busca da realização de seus sonhos. E por mais difíceis que eles pareçam, pode acreditar, são necessários.

5. “Faça ao outro aquilo que gostaria que fosse feito a você mesmo”. Não importa as circunstâncias, faça e será recompensado de alguma forma, porque a vida é recíproca às mínimas atitudes que você faz.

Assim, depois destes passos se pode aprender alguma coisa:

_primeiro ensinamento pra você: “nunca diz: ‘não dou conta, não consigo’”.

_Segundo passo para autoconhecimento e vivência: dizer a si mesmo: “vou tentar”.

_Por fim, o terceiro passo: “confiou em si mesmo”. Tentou? Então, assuma: “antes feito do que perfeito”. Faça, tente, repita várias vezes sua tentativa, pois você alcançará o seu “feito”, mesmo que ainda não esteja totalmente perfeito, porém estará feito. Faça com que sua vivência lhe ajude no relacionamento, pois ela pode ser fácil na medida que mais humana se torna. Cada um pode confiar no outro, porque desta confiança que emerge forças para superar os obstáculos da vida.

Padre Joacir d’Abadia, filósofo autor de 12 , Especialista em Docência do Ensino Superior, Bacharel em Teologia, Licenciando em Filosofia, Professor de Filosofia Prática.
Membro das Academias: ALANEG, ALBGO e FEBACLA e da “Casa do Poeta Brasileiro – Seção Formosa-GO”, Coordenador da Pastoral do Diálogo Inter-Religioso.

 

NOTA DA REDAÇÃO: Os escritos do autor não necessariamente refletem o pensamento da Xapuri.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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