A Lenda da Vitória-Régia, fruto da paixão de Naiá pela Lua
Diz a lenda que, no começo do mundo, a Lua era um deus que sempre se escondia por trás das serras para namorar as jovens mais lindas das aldeias indígenas. A lenda diz também que, quando a Lua se enamorava, transformava a jovem por quem estava apaixonada em estrela e a levava para junto dela, no céu.
Em uma aldeia havia uma jovem guerreira chamada Naiá, muita linda, que se apaixonou pela Lua e sonhava em ir com ela para o céu. Todas as noites, enquanto seu povo dormia, Naiá subia as colinas esperando pela Lua, na esperança de virar estrela e seguir com ela para o céu. Mas a Lua parecia não notar a paixão de Naiá, que virou obsessão.
A obsessão de Naiá era tanta que chegou a um ponto em que a jovem não queria nem comer nem beber mais nada, só admirar a Lua. À noite, Naiá saía pela floresta soluçando e clamando pelo amor do deus Lua. Em uma dessas noites, Naiá viu a Lua refletida nas águas de um lago e pensou que era o próprio deus que se banhava ali, bem perto dos seus olhos.
Emocionada, Naiá jogou-se no lago, na direção em que via sua paixão, e não mais voltou. Comovido por tanto amor, o deus Lua recompensou Naiá, transformando-a em uma estrela diferente: Naiá virou uma linda vitória-régia, a “estrela das águas”, cujas lindas flores são brancas durante a noite e tornam-se rosadas com o nascer do dia.
A Wikipedia assim descreve a Vitória-Régia: A vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água , e pode chegar até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície.
Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) pode ser branca, lilas, roxa, rosa e até amarela, expele uma fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de “rosa lacustre”, mantem-se aberta até o início da manhã seguinte.
No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (Cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam presos. Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios) em que é possível controlar o tamanho dos pratos sendo utilizada no paisagismo urbano, tanto em lagos quanto em espelhos d’água.
Outros nomes: irupé ( guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-assú, jaçanã, nampé, forno-de-jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d’água e cará-d’água.
Os ingleses que deram o nome Vitória em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês.
O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos indígenas como tintura negra para os cabelos. Também utilizada como folha sagrada nos rituais da cultura afro-brasileira e denominado como Oxibata.