Abelhas: essenciais para a vida no planeta!

Abelhas: essenciais para a no planeta! A beleza das abelhas em 11 retratos incríveis

Elas têm tido destaque no noticiário não porque são lindas, mas porque estão em perigo, principalmente por causa do uso exagerado e diversificado de agrotóxicos, também da  do ar, da água, das mudanças climáticas… E nós estamos em perigo junto com elas, por consequência.

Por Mônica Nunes – conexaoplaneta

Elas são pequenas, mas muito poderosas para a agricultura e para a manutenção da biodiversidade: enquanto procuram alimento, distribuem o pólen. Sem as abelhas, a polinização não é possível. E, sem esta, também não pode haver vida, em qualquer lugar do planeta.

Por isso, o colapso das populações de abelhas em várias partes do – aqui no também – é tão assustador. Em fevereiro, escrevi sobre novo que apontava o declínio dramático de  – entre eles não só abelhas, mas besouros e formigas também – oito vezes mais rápido do que mamíferos, pássaros e répteis. E que, por outro lado, a população de moscas e baratas só aumentava.

Em fevereiro também, pesquisadores alertaram para o declínio da polinização no Brasil – serviço ambiental sistêmico estimado em R$ 43 bilhões em 2018 -, que coloca em risco a produção de e a da biodiversidade. publicamos noticia sobre a ameaça dos Agrotoxicos

Em geral, as notícias sobre abelhas não são animadoras. Existe uma ou outra iniciativa tentando driblar os perigos aos quais nós, seres humanos, as submetemos. E, por isso, as imagens do Laboratório de Inventário e Monitoramento de Abelhas mantido pelo US Geological Survey, que é a maior a maior agência de mapeamento de ciência biológica, água e terra dos Estados Unidos, são uma linda homenagem a elas.

Essa agência cataloga e identifica milhares espécies de bichos e insetos que vivem no país e pelo mundo. Entre elas, as abelhas. Ah… não encontrei as nossas brasileiríssimas abelhas sem ferrão, é verdade, mas isso não tira a beleza da seleção que ela mantém.

Na semana passada, em 20 de maio, comemoramos o Dia Mundial das Abelhas. Mas sempre é tempo de celebra-las, por isso, selecionei 11 belos retratos do acervo da US Geological Survey dessas criaturas tão pequeninas e tão fantásticas, das quais dependemos tanto para viver.


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Fonte: http://conexaoplaneta.com.br/blog/a-beleza-das-abelhas-em-11-retratos-incriveis/

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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