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Alegria e Esperança tomam Posse

Alegria e Esperança tomam Posse

Vinte anos depois, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse para o seu terceiro mandato. Um filme passou na cabeça e no coração do mar de gente que ocupou toda a Esplanada. Era preciso estar ali, ver, sentir, emocionar… fazer parte da história de esperança e reconstrução.

Por Virginia Berriel

Ali, na Esplanada, ora acompanhando o cortejo da banda que tocava, levados e contagiados pela alegria, dançando e vibrando como no Carnaval; ora debaixo de uma árvore, dividindo sombra, água e alimentos com várias pessoas como num piquenique de família; ou ainda na frente do telão do palco principal – sentados, deitados no gramado, irmanados em emoção, por várias vezes choramos. Chorei.

Lembramos, lembrei aquela alegria devastadora de 2003 quando Lula tomou posse para o seu primeiro mandato. Tantas mudanças, avanços, importantes foram implementadas e transformaram a vida do povo brasileiro e do Brasil. As políticas de inclusão e de combate à fome passaram a ser reconhecidas e respeitadas mundialmente.

A alegria também tomou posse para o terceiro mandato. O grito que estava parado foi solto, a dor foi arrancada, a tristeza deixada para trás, o abraço longo foi dado, o beijo e os soluços de um choro de emoção, de felicidade, de leveza, foram exalados.

No mar vermelho de gente feliz, uma nova história foi e será contada daqui para a frente, pelos próximos quatro anos. Ainda sob o sangue derramado, dor, perda e muitas lágrimas, vividas todos os dias desde o golpe contra a presidenta , depois pela prisão do e a eleição forjada em que elegeu o bolsonarista genocida.

A barbárie imposta pelo pior presidente do Brasil vai se dissipar através da alegria e da esperança. O povo brasileiro, diverso e plural, indígena e quilombola, preto, pardo, amarelo, branco, pobre, periférico e favelado; as mulheres, meninas, os , as pessoas com deficiência e a liberdade subiram a rampa do Palácio do Planalto. Subiram imbuídos da esperança da pactuação do bem, da revogação e reconstrução do país.

Gente por todos os lados e cantos, que veio de todas as partes do Brasil – de avião, de ônibus, de carro, de bicicleta, a pé. Chefes de 21 Estados e delegações de 54 países e União Europeia.

Ao todo, Lula recebeu mais de 120 autoridades internacionais.  

O presidente Lula voltou para acabar de novo com a fome, cuidar dos trabalhadores e trabalhadoras, combater as desigualdades, os preconceitos, desarmar o povo e reconstruir o Brasil com livros, , e sabedoria.

Lula vai governar para todos. Somos um só país, uma só gente, mas muito diversa. Alegria, esperança e os invisibilizados subiram a rampa com o presidente para entregar a faixa presidencial, que passou de mão em mão – do atleta para o professor, metalúrgico, influencer PcD, líder indígena, a cozinheira, o menino negro e o artesão, até chegar na mão de Aline Sousa, catadora de materiais recicláveis, que a colocou em Lula. Sem dúvida, aquele foi o momento mais lindo, diverso, inclusivo e humano que já vimos. Só um presidente do povo, forjado na luta, resistência e sensibilidade pode nos dar este presente. Fomos às lágrimas!

O presidente que conseguiu unificar, através da frente ampla, os partidos

de esquerda, centro e até de para vencer o ódio, a mentira e barbárie. Agora, devidamente empossado para o terceiro mandato, já está trabalhando muito. Revogou normas, decretos e começou a cumprir promessas de campanha.

Voltamos de Brasília leves, felizes e marcados pelas imagens da posse que correram o mundo, foram capas de todos os jornais. O sentimento de liberdade e as imagens estão impregnadas e vivas na e em nossa história. O Brasil volta para o centro do mundo, recupera respeito e dignidade para seu povo através do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Viva o povo brasileiro!

Viva o presidente Lula!

Viva a Democracia que se fortalecerá.

Virginia1

Virginia Berriel – Jornalista. Executiva Nacional da CUT. Direção do Sinttel Rio. Direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Membra do MHuD Movimento Humanos Direitos. Conselheira do CNDH Conselho Nacional dos

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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