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UnB é a única instituição do DF que atingiu nota 5 no MEC

UnB é a única instituição do DF que atingiu nota 5 no MEC

No total, foram avaliadas 50 instituições, incluindo faculdades, centros universitários e universidades

A Universidade de Brasília (UnB) é a única instituição do Distrito Federal a receber nota máxima em avaliação do MEC: 5, segundo os dados Índice Geral de Cursos (IGC), que foram divulgados na manhã desta terça-feira (18). O levantamento analisou 50 instituições de ensino superior de Brasília. Atingiram nota 4, 15 instituições. 22, nota 3; e 10, nota 2.
 
Para avaliar, o cálculo do IGC leva em conta a média dos Conceito Preliminar de Curso (CPC) dos últimos três anos, relativos aos cursos avaliados da instituição; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação. Para que uma Instituição de Ensino Superior (IES) tenha o IGC calculado é preciso ter, ao menos, um curso com estudantes concluintes inscritos no Enade.

Saiba mais

  • Apenas 1,6% das instituições de ensino superior tiveram nota máxima no MEC
    Apenas 1,6% das instituições de ensino superior tiveram nota máxima no MEC
Confira abaixo a tabela de notas das instituições (IGC) e acesse a dos cursos de graduação (CPC) do DF.
Inep/Divulgação

Desempenho nos cursos de graduação no DF

Calculado pelo Conceito Preliminar de Curso (CPC), apenas o curso de pedagogia, artes visuais da  Universidade de Brasília (UnB) e geografia do Centro Universitário Projeção alcançaram a nota 5.
 
O CPC é composto de oito componentes, agrupados em quatro dimensões que se destinam a avaliar a qualidade dos cursos de graduação. Para que um curso tenha o CPC calculado, é preciso ter, no mínimo, dois estudantes concluintes participantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Os critérios avaliados são: desempenho dos alunos no Enade, valor agregado pelo curso ao desenvolvimentos dos estudantes concluintes, perfil do corpo docente e percepção discente sobre as condições do processo formativo (questionário do estudante no Enade).
 
Ao todo, foram ranqueados 39 cursos de graduação em 50 instituições distintas. Só na UnB, as graduações avaliadas foram: arquitetura e urbanismo, matemática, letras/português, física, química, ciências biológicas, pedagogia, história, artes visuais, geografia, filosofia, educação física, engenharia da computação, ciência da computação, música, ciências sociais, engenharias (civil, elétrica, controle e automação, mecânica, química, produção, ambiental, florestal) e letras/inglês.
 
Média geral de notas dos cursos de graduação de Brasília:
 
Engenharia mecânica, sistemas de informação e arquitetura e urbanismo: 2,5
 
Tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas, tecnologia em redes de computação, letras/português, letras/inglês, engenharia da computação, civil e elétrica, ciência da computação e música : 3
 
Matemática, ciências biológicas, pedagogia, história, educação física, ciências sociais, engenharia de controle e automação, engenharia de produção e tecnologia em gestão de tecnologia: 3,5
 
Geografia: 3,66
 
Filosofia, engenharia química, ambiental e florestal: 4
 
Artes visuais: 5
 
Estagiária sob supervisão de Ana Sá* 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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