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Incitação à invasão de hospital é crime

Incitação à invasão de hospital é crime

Jurista defende prisão de Bolsonaro por incitar invasão de hospital

247 – O advogado e professor de Direito Marcelo Uchoa, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), defendeu nesta sexta-feira, 12, a prisão de Jair Bolsonaro por incitar invasão de hospitais.

Pelo Twitter, o jurista comentou a invasão do hospital municipal Ronaldo Gazolla, um dos hospitais de referência no tratamento da no Rio de Janeiro. Um grupo de pelo menos seis pessoas invadiu a unidade, incluindo alas restritas a médicos e pacientes. Eles queriam verificar se os leitos estavam mesmo ocupados e gritavam “mentira! mentira!”.

“Bolsonaro tem culpa na invasão ao hospital R.Gazolla por haver instigado a prática em live. Pôs em risco a vida, a saúde e a segurança de pacientes, equipes médicas e invasores”, afirmou Uchoa. “Pelo art.132 do Código Penal cabe detenção de 3 meses a 1 ano se o fato não constitui crime mais grave”, acrescentou.

Marcelo Uchoa se referiu à declaração de Jair Bolsonaro de pedir, durante sua live semanal na internet, que apoiadores invadam hospitais e filmem as condições do local, pondo em dúvida se há realmente pacientes internados com coronavírus. “Se tem um hospital de campanha perto de você, dá um jeito de entrar e filma”, afirmou Bolsonaro.

Marcelo Uchôa@MarceloUchoa_
 

Pôs em risco a vida, a saúde e a segurança de pacientes, equipes médicas e invasores

Pelo art.132 do Código Penal cabe detenção de 3 meses a 1 ano se o fato não constitui crime mais grave.

Fonte: Brasil 247

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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