LULA MORO

Moro provou que faz política e não justiça

Lula: #MoroGate provou que faz política e não justiça

Do 247 – Pouco depois de visitar o ex-presidente , a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que o ex-presidente Lula, preso político desde 7 de abril deste ano, está indignado com a indicação de Sergio Moro para o ministério da Justiça. “É mais um vexame mundial, que vai custar muito caro ao Judiciário brasileiro”, disse ela. Segundo a senadora, a escolha de Moro só confirma que o processo contra Lula foi viciado. “O Moro, ao invés de apresentar uma prova contra mim, aceita ser ministro. Ele estava a serviço de uma causa política”, disse Lula.

Confira o vídeo da TV 247 e reportagem da Reuters sobre a escolha de Moro:

SÃO PAULO (Reuters) – O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela primeira condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da , deixará o posto de principal estrela da Lava Jato ao assumir o comando do Ministério da Justiça no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, em uma decisão que dará fôlego a críticos que apontam viés político em sua atuação como magistrado.

Moro, de 46 anos, já foi celebrado como herói —inclusive em montagens em que aparece como super-homem e sigla “SM” no peito—, e apontado por parcela significativa da população como ícone do combate à corrupção.

Um estudioso da Operação Mãos Limpas, que combateu a corrupção na Itália na década de 1990, Moro fez comparações entre a operação italiana e a Lava Jato e, além de sua atuação no caso como juiz, também defendeu mudanças estruturais, incluindo no sistema político, para combater a corrupção.

Apontado como possível nome para disputar o Palácio do Planalto neste ano, chegou a ter o nome incluído em pesquisas de intenção de voto antes de definidas as candidaturas, negou a possibilidade de entrar na vida política, alegando ter feito uma “opção pela magistratura”.

“Eu fiz uma opção na minha carreira pela magistratura então não me vejo, e já disse mais de uma vez, e reitero quantas vezes forem necessárias, que não serei candidato, nada disso”, afirmou durante evento em 2017 em São Paulo.

Ao aceitar o convite de Bolsonaro, no entanto, deixará a magistratura para trás, ao menos por ora, já que o presidente eleito também o apontou como provável indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) quando uma das cadeiras ficar vaga, o que deve ocorrer em 2020, com a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello.

Especializado em crimes financeiros, Moro foi juiz do caso Banestado no início dos anos 2000, quando o doleiro Alberto Youssef, envolvido na Lava Jato, também foi um dos protagonistas e um dos que firmaram acordo de delação premiada com a Justiça.

Antes de ganhar notoriedade nacional com a Lava Jato, Moro foi juiz auxiliar da ministra Rosa Weber, do STF, em 2012, durante o julgamento do caso conhecido como mensalão, numa época em que Rosa havia recém chegado ao Supremo oriunda da Justiça do .

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EMBATES COM A DEFESA

Como juiz da Lava Jato, Moro teve embates frequentes durante audiências com a defesa de Lula, que por diversas vezes questionou juridicamente a suposta parcialidade do juiz.

Em um dos casos, após encerrada a audiência com o zelador do prédio onde fica o tríplex atribuído a Lula, que depôs como testemunha no processo, Moro ironizou o fato de Lula ter processado o procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, por conta de uma apresentação em power point em que acusou o petista de chefe de organização criminosa, indagando se a defesa processaria a testemunha.

“Vai entrar com ação de indenização então contra ela (testemunha), doutor?”, perguntou ao advogado Cristiano Zanin Martins, que representa Lula.

Zanin rebateu que ninguém estava acima da lei e indagou se |Moro estava advogando para o zelador. O juiz respondeu de forma sarcástica.

“Está bom, doutor. Uma linha de advocacia muito boa”, ironizou. Ao que advogado de Lula respondeu também irônico: “Faço o registro de vossa excelência e recebo como um elogio.”

O juiz foi alvo de críticas por conta do episódio em que divulgou nos autos do processo interceptações telefônicas de Lula com a então presidente , e com outras autoridades com prerrogativa de foro, como o então ministro Jaques Wagner e o governador do Piauí, Wellington Dias, ação que contribuiu para a desestabilização da petista.

Também foi novamente acusado de viés político quando tornou públicos trechos da delação premiada do ex-ministro Antonio Paloci a poucos dias do primeiro turno da eleição presidencial. Antes, o magistrado havia adiado o depoimento de Lula no processo do sítio de Atibaia para novembro, sob alegação de que o adiamento visava evitar eleitoral.

O papel central na Lava Jato também rendeu a Moro fama internacional. Ele foi condecorado por universidades estrangeiras, deu palestras no exterior e estampou capas de revistas internacionais, aclamado como um símbolo do combate à corrupção e ao fim da impunidade de poderosos no Brasil.

Moro é casado com a advogada Rosangela Wolff Moro, criadora de uma página no Facebook em ao marido intitulada “Eu Moro com ele” e que comemorou a vitória de Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais nas redes sociais. O casal tem dois filhos.

Fonte: Brasil 247

 

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Leia a – Edição Nº 81


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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