Nhanderu: o deus-luz Guarani da infinidade das cores
Em guarani, “Nhanderu etê” significa “Deus Verdadeiro”. É o Deus de forma humana cujos olhos refletem a infinidade das cores. Onde aparece, reflete luz. Vaga pelo cosmos num veículo voador chamado “Bairý”.
Por Revista Xapuri
“Nhanderu ete” percorreu o “Nhe’ê Rekuagui”, o “lugar das almas”, o mundo dos espíritos. De lá trouxe “Nhande ypy”, o “Primeiro Homem”, transportando-o em seu “Bairý” até a Terra.
Chegando aqui em nosso planeta, “Nhanderu ete” advertiu a “Nhande ypy” que sua missão era povoar a Terra e não permitir que o egoísmo tomasse conta dos corações de seus descendentes.
Acrescentou o deus que o egoísmo tornar-se-ia a raiz de todo o mal da humanidade pois desencadeia as guerras e toda sorte de violência do homem contra o homem.
Advertiu para que os homens prezassem por sua memória, cujo exemplo inspiraria os homens a praticar o bem. Nascia ali a religião guarani
Deus se revela aos pequeninos. Porque não aos pequeninos Guaranis?
Tupã, então, criou a humanidade (de acordo com a maioria dos mitos guaranis, eles foram, naturalmente, a primeira raça criada, com todas as outras civilizações nascidas deles) em uma cerimônia elaborada, formando estátuas de argila do homem e da mulher com uma mistura de vários elementos da natureza.
Depois de soprar vida nas formas humanas, deixou-os com os espíritos do bem e do mal e partiu.
Os humanos originais criados por Tupã eram Rupave e Sypave, nomes que significam “Pai dos povos” e “Mãe dos povos”, respectivamente. O par teve três filhos e um grande número de filhas.