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Governo Lula

NOVO PNE: LULA ENVIA PROJETO DE LEI AO CONGRESSO 

Novo Plano Nacional de : Presidente envia ao Congresso Nacional

O projeto de lei que institui o novo Plano Nacional de Educação (2024-2034), PNE, elaborado pelo Ministério da Educação, foi assinado pelo presidente Lula, no último dia 26 de junho, para envio ao Congresso Nacional.  A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em (DF), com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, do presidente da CNTE, Heleno Araújo, à qual o SINTEGO é filiado.

Por Bia de Lima 

As proposições do novo Plano Nacional de Educação foram trabalhadas pelo na CONAE, no início deste ano. O documento de Goiás, assim como os de outros estados, serviu de base para a elaboração do Projeto de Lei.

O texto final foi construído conjuntamente, por meio de debates com a sociedade e com representantes do Congresso Nacional, de estados, municípios, conselhos de educação, entre outros.

O texto prevê 18 objetivos, compreendidos nas temáticas:  Educação Infantil, Alfabetização, Ensino Fundamental e Médio, Educação Integral, e , Educação Profissional e Tecnológica, Educação Superior, Estrutura e Funcionamento da Educação Básica.

A proposta contém 58 metas, que são comparáveis com os 56 indicadores do plano vigente. Para cada meta, há um conjunto de estratégias que expressam as principais políticas, programas e ações envolvendo a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, para o alcance dos objetivos propostos.

OBJETIVOS DO NOVO PNE, CONFORME O TEXTO ENVIADO AO CONGRESSO NACIONAL

  1. Ampliar a oferta de matrículas em creche e universalizar a pré-escola.
  2. Garantir a qualidade da oferta de educação infantil. 
  3. Assegurar a alfabetização ao final do segundo ano do ensino fundamental para todas as crianças, em todas as modalidades educacionais, com inclusão e redução de desigualdades. 
  4. Assegurar que crianças, adolescentes e jovens em idade escolar obrigatória concluam o ensino fundamental e o ensino médio na idade regular, em todas as modalidades educacionais, com inclusão e redução de desigualdades.
  5. Garantir a aprendizagem dos estudantes no ensino fundamental e no ensino médio, em todas as modalidades educacionais, com inclusão e redução de desigualdades.  
  6. Ampliar a oferta de educação em tempo integral para a rede pública. 
  7. Promover a educação digital para o uso crítico, reflexivo e ético das tecnologias da informação e da , para o exercício da cidadania.
  8. Garantir o acesso, a qualidade da oferta e a permanência em todos os níveis, etapas e modalidades na educação escolar indígena, na educação do campo e na educação escolar quilombola.
  9. Garantir o acesso, a oferta de atendimento educacional especializado e a aprendizagem dos estudantes público-alvo da educação especial e dos estudantes público-alvo da educação bilíngue de surdos, em todos os níveis, etapas e modalidades. 
  10. Assegurar a alfabetização e ampliar a conclusão da educação básica para todos os jovens, adultos e idosos.
  11. Ampliar o acesso e a permanência na educação profissional e tecnológica, com inclusão e redução de desigualdades. 
  12. Garantir a qualidade e a adequação da formação às demandas da sociedade, do do trabalho e das diversidades de populações e seus territórios na educação profissional e tecnológica. 
  13. Ampliar o acesso e a permanência na graduação, bem como a conclusão, com inclusão e redução de desigualdades.  
  14. Garantir a qualidade de cursos de graduação e instituições de ensino superior. 
  15. Ampliar a formação de mestres e doutores, de forma equitativa e inclusiva, com foco na prospecção e solução dos problemas da sociedade. 
  16. Garantir formação e condições de trabalho adequadas aos profissionais da educação básica.
  17. Assegurar a participação social no planejamento e gestão educacional. 
    18. Assegurar a qualidade e a equidade nas condições de oferta da educação básica. 

Para mais informações, o Sintego recomenda acessar o portal do MEC

NOVO PNE: LULA ENVIA PROJETO DE LEI AO CONGRESSO 
 Foto: Portal da Alego

Bia de Lima – Presidenta do Sintego. Estadual pelo PT-Goiás. 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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