Ouriço-cacheiro, o bicho que tem o corpo coberto de espinhos
Esse pequeno animal normalmente tem o dorso coberto de espinhos longos e aguçados, de cor acastanhada e com bandas escuras nas extremidades.
Esses espinhos se destacam facilmente do corpo e são sua defesa. Quando algum animal tenta atacá-lo, leva consigo alguns espinhos, que já estes se encontram soltos, contrariando a crença de que o ouriço arremessa os espinhos.
Seus predadores naturais são os texugos, os gatos selvagens, os cães, os lobos,as raposas e as doninhas. É considerado um arborícola, de hábitos essencialmente noturnos e solitários.
No Brasil, seu nome ouriço-cacheiro diz respeito a pelo menos oito espécies conhecidas, de três gêneros diferentes: Coendou, Sphiggurus e Chaetomys. A espécie mais ameaçada é a Chaetomys subspinosus.
O “cacheiro” em questão, de certa forma, resume a sua natureza: cachar, no dicionário, é o mesmo que esconder-se, ocultar-se e ainda punho que se prende a lâmina de espada. Ele não se faz de rogado e prende-se aos cipós, agarrado a até 15 metros de altura. Pura estratégia de sobrevivência.
Nome Científi co: Coendou prehensilis
Família: Erethizontidae
Ordem: Rodentia
Distribuição: Do Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul, incluindo Minas Gerais
Alimentação: Frutas, raízes, vegetais cultivados e insetos
Reprodução: Procriam na primavera e no verão. Normalmente a prole é de quatro crias.
Fonte: G1
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O animal é bastante interessante e inofensivo. Mas, como todo silvestre, pode oferecer risco se importunado.
Os espinhos são, na verdade, pelos – Foto: Tiagorck/CC BY-SA 4.0- Nomes populares: ouriço-cacheiro, porco-espinho, cuandu, cuim, porco-espinho-brasileiro, porco-espinho-do-novo-mundo
- Nome científico: Coendou prehensilis
- Estado de conservação: “pouco preocupante” (LC) na Lista Vermelha da IUCN
Algumas pessoas pensam que os ouriços-cacheiros (cacheiro: aquele que se esconde) “lançam” seus espinhos quando se sentem ameaçados, o que na verdade não ocorre.
Os espinhos dos ouriços nada mais são do que pelos modificados, que podem medir até 10 centímetros de comprimento e distribuem-se pela cabeça, dorso, pernas e parte anterior da cauda do animal. Uma vez que os mamíferos não possuem músculos capazes de arremessar pelos para longe do corpo, esse tipo de estratégia não acontece.

Apesar disso, esses pelos funcionam como um eficiente modo de defesa. O animal, ao sentir-se ameaçado, encolhe-se e os eriça, afastando assim o predador que, se insistir no ataque, poderá se dar mal. Aliás, não é rara a ocorrência de acidentes com cachorros e até mesmo serpentes que, ao tentarem algum contato com um ouriço-cacheiro, acabam em uma situação bem espinhosa.
Há várias espécies vulgarmente conhecidas como ouriços-cacheiros ou porcos-espinhos. A nossa escolhida, o Coendou prehensilis, ocorre na Mata Atlântica.
Medindo cerca de 30 a 60 centímetros, apresenta uma cauda preênsil (com a qual pode prender-se a galhos, por exemplo) que pode chegar a mais ou menos 50 centímetros. Também apresenta garras e espinhos, é claro!
Essas estruturas de cor amarelada cobrem a maior parte do corpo do animal, exceto a barriga e a ponta da cauda.
Os ouriços-cacheiros são herbívoros, alimentando-se de frutos, folhas, brotos etc. São noturnos, iniciando suas atividades no crepúsculo. De hábitos arborícolas, podem ser vistos trafegando pelos fios da rede elétrica em regiões urbanas.
São geralmente solitários. As fêmeas costumam dar à luz um filhote por ninhada. Os espinhos do recém-nascido não são rígidos: endurecem com o passar do tempo.
Ameaças aos ouriços
O estado de conservação da espécie é “pouco preocupante”. Infelizmente, o avanço imobiliário (muitos ouriços “invadem” residências próximas a suas áreas de ocorrência em busca de alimento), a destruição do seu hábitat e a caça podem mudar essa situação.
Porcos-espinhos são inofensivos, mas se forem importunados ou sentirem-se ameaçados, irão se defender – o que pode resultar em algum tipo de acidente. Ao encontrar um desses animais ou qualquer outro espécime silvestre, entre em contato com algum órgão ou instituição que possa realizar o resgate de forma segura.

É importante ter sempre em mente que todas as espécies merecem respeito.





