Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

A LENDA DO PAPAGAIO QUE FAZ CRÁ-CRÁ-CRÁ

A lenda do papagaio que faz crá-crá-crá

Conta a lenda que, antigamente, morava em um vilarejo um menino muito guloso. Tudo que via, queria comer, e a gula era tanta, a pressa de comer era tamanha, que ele tinha costume de engolir a comida sem mastigá-la.

Uma vez sua mãe encontrou frutos de batoí e assou-os na cinzas.
 
O filho, sem querer esperar, comeu todos os frutos, tirando-os diretamente do fogo e, como sempre, engoliu-os sem pestanejar.
 
Os frutos do batoí são frutos cuja polpa viscosa se mantém quentíssima por muito tempo. Comendo-os tão quentes, sapecaram-lhe a garganta, de forma que doía muito e queimavam-lhe o estômago.
 
O menino, tentando vomitar os frutos comidos, começou a fazer força para expulsá-los. Arranhando a garganta gruindo crá-crá-crá, mas os frutos não saíam… e entalaram na garganta sufocando-o.
No mesmo momento, cresceram-lhe as asas e as penas e ele tornou-se um papagaio .Voou para longe. Até hoje pode-se ouvi-lo vagando pelas matas do lugar; voando e gritando ´crá-crá-crá´!

Fonte:  Leitura e Escrita

OUTRA VERSÃO DA LENDA 

Conta a lenda que, antigamente, morava em um vilarejo um menino muito guloso. Tudo que via, queria comer, e a gula era tanta, a pressa de comer era tamanha, que ele tinha costume de engolir a comida sem mastigá-la.

Uma vez sua mãe encontrou frutos de batoí e assou-os na cinzas.

O filho, sem querer esperar, comeu todos os frutos, tirando-os diretamente do fogo e, como sempre, engoliu-os sem pestanejar.

Os frutos do batoí são frutos cuja polpa viscosa se mantém quentíssima por muito tempo. Comendo-os tão quentes, sapecaram-lhe a garganta, de forma que doía muito e queimavam-lhe o estomago.

O menino, tentando vomitar os frutos comidos, começou a fazer força para expulsá-los. Arranhando a garganta gruindo crá-crá-crá, mas os frutos não saíam… e entalaram na garganta sufocando-o.

No mesmo momento, cresceram-lhe as asas e as penas e ele tornou-se um papagaio .Voou para longe. Até hoje pode-se ouvi-lo vagando pelas matas do lugar; voando e gritando “crá-crá-crá”!

Fontes

https://www.portalsaofrancisco.com.br/folclore/o-papagaio-que-faz-cra-cra-cra

https://recantoereconto.wordpress.com/2020/05/18/

http://leituraeescrita5.blogspot.com/2011/06/lenda-do-papagaio-cra-cra.html

https://www.google.com/search?

https://www.youtube.com/watch?v=qpR0QZLsiu8

https://www.xapuri.info/biodiversidade-2/.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA