Pau a Pau? O rio ficou vermelho. De sangue e heroísmo…

PAU A PAU?

Por renatuchoa.com

Lucídio Portela governador do Piauí, com uma caneta em uma das mãos, na outra uma chibata. Nomeado pela ditadura militar em 1979, irmão do senador Petrônio Portela, ministro da justiça do ditador Geisel/Figueredo, no processo capenga de abertura , no prenúncio do fim da ditadura.

Geisel impôs a Figueredo a nomeação de Petrônio em 15 de março de 1979, e morreu ano depois. Afirmam de pés juntos que uma vez perguntado por um repórter, que cobria as eleições: Dr. Lucídio as eleições tão pau a pau? Respondeu, médico que foi e, não seguiu o protocolo na linguagem…não, tá pau a cu.

A esquerda burocrática, que é hegemônica nas Centrais Sindicais, sindicatos, nos movimentos sociais em geral, partidos intitulados de esquerda…que se alimenta de eleições, que respeita a governabilidade burguesa, e tem medo do povo mobilizado. Mais que o Cão tem da cruz.

Vive por décadas arrefecendo a revolta popular em direção ao pescoço certo. Não há como negar, a conjuntura, mesmo que o esforço da esquerda enviesada, de calça de fundo mole, cordão de meio quilo de ouro e pulseira que faz o barulho de uma cascavel; que não tem a decência de defender Lula Livre, vai se configurando para um cenário de pau e pedra.

O esforço da esquerda burocrática, em última instância, agora na exclusão das camadas populares, privilegiando uma frente composta de golpistas arrependidos e todos os tipos de oportunistas e traidores. No bloco de eleitoral em defesa do finado estado democrático, há pouco tempo enterrado de cabeça para baixo por grande parte deles.
Conter mobilizações com um grau de radicalidade maior, para tocar o rebanho em direção às urnas fraudulentas; mesmo que nos faça parecer que a população não se mobiliza.

Ledo engano, a fome varre a cidade e o campo, a situação é crítica em todos os setores, e não há como negar: tá pau a cu, no caso o deles. O governo da pólvora na reta, em queda livre, repudiado pelo inteiro, que queimam todas as políticas sociais do governo popular Lula/Dilma, retiram acintosamente todos os direitos conquistados, queimam as florestas, envenenam os

Hoje se comemora a Independência genérica do . Os estudantes, professores, os movimentos sociais…nas ruas e avenidas do Brasil, em mais um grito de liberdade contra o governo imoral que se instalou no país para entregar o que resta do nacional.

Vale o registro, na Batalha do Jenipapo, em 13 de março de 1823, na cidade de Campo Maior/Piauí, os campo-maiorenses, cearenses, maranhenses, armados de paus, pedras, foices… enfrentaram os portugueses armados até os dentes, comandados por Fidié. O rio ficou vermelho. De sangue e heroísmo. Morreram mais de 250 combatentes da liberdade.

Fidié cruzou o Rio Jenipapo assustado com a coragem da , e poucos dias depois se rendeu na cidade de Caxias no Maranhão. É pau, e pedra, tem que ser o fim do caminho de destruição do país por Bolsonaro/Mourão, que levarão ao genocídio milhões de brasileiros e brasileiras, que em pouco menos de duas décadas aprenderam o gosto, a dignidade de viver em um Estado Democrático, gestão Lula/Dilma.

Fonte: Facebook

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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