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Pela vida das mulheres, pelo fim do racismo e do machismo

Pela vida das mulheres, pelo fim do e do machismo

Por Kleytton Morais

Foi bonito de se ver. No 8 de março, Dia Internacional da Mulher, nossas companheiras do DF e Entorno protagonizaram uma grande manifestação presencial na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em defesa dos direitos das mulheres.

Movidas pelo tema  “Pela vida das mulheres, pelo fim do machismo e do racismo, lutamos por comida, emprego, saúde. Bolsonaro e Ibaneis nunca mais!”, nossas companheiras expressaram indignação pela situação de enfrentada pelas mulheres brasileiras. 

Plural, o movimento uniu feministas, indígenas, negras, brancas, trabalhadoras, desempregadas, periféricas, jovens e idosas, lésbicas, bissexuais e trans, mulheres com deficiências, todas as mulheres que lutam por uma sociedade justa, com , emprego e paz.

Zezé Furtado, nossa Secretária de Mulheres no Sindicato dos Bancários assim definiu a manifestação do dia 8:

“Nós nos mobilizamos e marchamos contra todas as violências sofridas pelas mulheres e lutamos por uma participação cada vez maior delas na política, para juntas defendermos as pautas que mais afetam a vidas das pessoas, neste ano tão importante para a democracia.”

No sábado, 5, as mulheres estiveram na Feira Ponta Norte (216 Norte) para uma roda de conversa sobre o papel das mulheres nos espaços de poder, como parlamento, associações, movimentos sociais, partidos e sindicatos.

Andreza Xavier, secretária de Mulheres do PT-DF, e Mirane Costa, presidenta do Sindicato da Embrapa (Sinpaf/Sede), se somaram à celebração, que também contou com a presença de deputadas do PT e mulheres do Coletivo Teia Solidária, da Campanha de Combate à Pobreza Menstrual e do Coletivo Flores pela Democracia.

Longa vida de lutas e de conquistas às mulheres militantes do DF e Entorno!

Kleytton Morais – Presidente do Sindicato dos Bancários Brasília. Membro do Conselho Editorial da

“PELA VIDA DAS MULHERES, PELO FIM DO MACHISMO E DO RACISMO, LUTAMOS POR COMIDA, EMPREGO, SAÚDE E EDUCAÇÃO.

BOLSONARO E IBANEIS NUNCA MAIS!”


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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