Povos Indígenas do RS: Muita resistência pela frente
Por conta das enchentes, muitas comunidades indígenas tiveram de sair de suas terras, cerca de 70% delas foram atingidas, outras tantas também sofreram com os alagamentos e chuvas fortes. Tudo isso trará um impacto gigantesco sobre todas elas, que terão uma longa jornada pela frente.
Por Carlos Messalla
O Governo Federal vai destinar verba a princípio no valor de 21,4 milhões para atendimento das aldeias no Estado. O Rio Grande do Sul possui oficialmente quatro etnias indígenas presentes, compostas por uma população total de 36.096 IBGE, 2022): Charrua, Kaingang, Mbyá-Guarani e Xokleng.
A comunidade Kaygangue Fag Nih da Lomba do Pinheiro, bairro distante de Porto Alegre sofre como todos os demais moradores do estado.
Muitos não tiveram de sair de suas casas mas lhe faltou água potável, roupas e mantimentos. O Governo traçou metas de ajuda emergencial, mas a aldeia Fag Nih e outras aldeias continuam precisando de ajuda.
Conversamos com a Professora Kaninhka (Vera L. da Rosa), que leciona na escola indígena local se preocupa com as crianças e sua educação.
A professora cita o grande número de indígenas que estudam na UFRG, cerca de 400, cujas rotinas foram mudadas, da mesma forma que outros impactos estão acontecendo e gerando tremendas dificuldades para nas aldeias:
“A grande maioria das pessoas na nossa comunidade tira sua renda através do artesanato feitos por nós mesmos. Porto Alegre continua com muitos problemas, o transporte está difícil para nós, não temos como ir aos locais onde normalmente vendemos nossa arte.”
Kaninhka fica reflexiva sobre o desenrolar deste trágico que o Rio Grande do Sul, e termina com uma reflexão positiva:
“Somos um povo resiliente, lutamos contra várias adversidades e as superamos, espero realmente as pessoas e os governantes, vejam a importância de cuidar da natureza, vamos nos reerguer.”