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O projeto Lula para o Brasil

O projeto Lula para o Brasil – Um direito que se afirma não apenas na falta de fundamentos das acusações contra ele, mas na força do apoio popular, que faz de Lula o único que pode fazer com que o Brasil volte a ter um governo legítimo, respeitado e que atenda os interesses da totalidade do povo

Por Emir Sader

A força de Lula vem de que ele representa um projeto para o Brasil. Um projeto que deu certo e que aponta para a possibilidade de resgatar a democracia, o desenvolvimento econômico, a justiça social e a soberania nacional.

As Caravanas confirmam como as experiências de governo ficaram na memória e na vida das pessoas. Como esses governos mudaram o Brasil e mudaram a consciência política das pessoas.

As pesquisas apontam essa força. Sob o mais monstruoso ataque na mídia e perseguição jurídica, Lula mantém o apoio popular e o amplia. Passa a aumentar o apoio na classe média, entre os de maior renda e de maior instrução. Ganha em todos os grupos das pesquisas.

É uma presença tão forte que nenhum outro candidato consegue projeção, como que bloqueados pela força do apoio a Lula. A direita se concentra nas tentativas de inviabilizar a candidatura do ex-presidente, depois de esgotar vários tipos de candidatos.

O discurso de Lula expressa tudo isso. Ele em geral começa pela preocupação com a situação em que se encontra o país, referindo-se a alguns dos aspectos mais sentidos pelo povo dos retrocessos levados a cabo pelo governo golpista.

Daí ele parte para a comparação com os governos do PT, retomando suas afirmações clássicas de que “o povo é solução e não problema” e de que “é preciso voltar a incluir o povo no orçamento”. A partir daí ele tira as consequências das mudanças fundamentais que os governos do PT introduziram e como isso mudou a vida do povo. Nas condições concretas de vida do povo, no acesso à educação, na elevação do poder de compra dos salários, na garantia do emprego, na autoestima dos brasileiros, no prestígio do Brasil no mundo.

Aí Lula retorna para dizer que conforme o povo foi tendo acesso a comer melhor, a ter acesso a lugares melhores, a viajar de avião, se dá conta dos seus direitos e não quer retornar a ser tratado como cidadão de segunda categoria.

Lula costuma decifrar aí como o ódio que a direita difunde expressa a dificuldade de setores da sociedade para aceitar essa ascensão social de grandes camadas populares, antes absolutamente excluídas.

Lula assume um discurso da paz, da necessidade da convivência nas diferenças, valendo-se sempre de exemplos do futebol. Ele trata de que as diferenças fiquem no plano das opiniões distintas, que convivem e disputam pacificamente, sem violência, nem discriminação e desqualificação.

Mesmo dizendo que os problemas não são as acusações que se fazem a ele, mas os retrocessos que sofre o povo e o país, sempre faz parte do seu discurso a reafirmação da sua inocência, de que não existe uma prova concreta que fundamente as acusações que fazem a ele. Que ele luta, antes de tudo, não para ser candidato, mas para afirmar sua inocência e que ela seja reconhecida pelos que o acusam sem provas, nem crimes.

Mas daí Lula articula sua defesa com sua vontade de ser candidato. Passa uma confiança enorme quando reafirma que quer ser candidato, que vai ganhar e vai fazer mais e melhores coisas dos que as que fez.

Quando aborda a possibilidade de não poder ser candidato, diz que será pelo menos o grande eleitor. E as pesquisas confirmam isso, ao revelar que, caso seja candidato, tem todas as possibilidades de triunfar no primeiro turno. E, caso indique alguém para representar o mesmo projeto, esse candidato estará seguramente no segundo turno e, contando com Lula na campanha, será favorito para vencer.

Por isso Lula segue impávido com as Caravanas. Ele sabe que está construindo um projeto para o Brasil, que tem nele seu único e grande líder. Mas que a força que as Caravanas e seus discursos adquirem pertencem a um projeto, que terá ele como candidato ou alguém que ele indicar.

As pesquisas mostram que o campo popular, assim, se fortaleceu nestes últimos dois anos, representa a única alternativa concreta de resgate do país da pior crise de sua história. A luta é pelo direito irrenunciável de Lula ser candidato.

Um direito que se afirma não apenas na falta de fundamentos das acusações contra ele, mas na força do apoio popular, que faz de Lula o único que pode fazer com que o Brasil volte a ter um governo legítimo, respeitado e que atenda os interesses da totalidade do povo.

Lula é ele, o maior líder da nossa história, e é um projeto para o Brasil.

Emir Sader –  Sociólogo – Autor do livro “O Brasil que queremos. ”


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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