Projeto Tamar: 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas e devolvidas ao oceano

Projeto Tamar: 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas e devolvidas ao

Tamar e Petrobras anunciam a chegada da tartaruga protegida 40 milhões 
Parceria de 39 anos entre a companhia e a instituição contribuíram para o trabalho de de espécies que habitam a costa brasileira.

A Petrobras e o Tamar anunciam um importante marco que será alcançado na próxima temporada de desova: 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas e devolvidas ao oceano. Este número representa um marco nos resultados do projeto, reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas iniciativas de conservação marinha do . O objetivo principal do projeto é a conservação de cinco espécies de tartarugas, todas ameaçadas de . Atualmente, o Projeto Tamar está presente em 26 localidades, distribuídas em áreas prioritárias de desova, alimentação, migração e descanso. Estudos científicos mostram que as populações de tartarugas marinhas no Brasil estão se recuperando.

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“Na próxima temporada de desova, o Tamar vai completar 40 anos e atingir a marca de 40 milhões de tartarugas marinhas protegidas. Podemos dizer que a tartaruga de número 40 milhões já existe e navega em uma viagem transcontinental rumo às praias brasileiras. Mas é importante lembrar que a cada mil tartarugas que nascem, apenas uma ou duas sobrevivem. Ainda há muito a fazer para livrar esses animais da ameaça de extinção”, diz o fundador do Projeto Tamar, Guy Marcovaldi.

São animais de ciclo de longo, que levam de 20 a 30 anos para se reproduzir. A cada temporada reprodutiva o número de filhotes que nascem nas praias monitoradas pelo Projeto passa de 2 milhões, além de muitas tartarugas jovens e adultas que são protegidas e salvas da captura incidental na pesca. Acidentes com redes e anzóis, atropelamentos, trânsito de veículos nas praias e plástico são fatores de risco para as tartarugas.

No próximo dia 18/9 (quarta-feira), o início do ciclo reprodutivo da tartaruga marinha 40 milhões protegida e devolvida ao oceano pelo Tamar será anunciado com a soltura de filhotes na Praia do Atalaia, em Aracaju,  , onde fica uma das bases do projeto.  Além da soltura, será realizado o “Concerto às Tartarugas Marinhas”, com Orquestra Sinfônica de Sergipe.

Pesquisa e científico

O Projeto Tamar contribuiu, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da (ICM-Bio), para o início da recuperação – comprovada cientificamente – das populações de quatro espécies de tartarugas marinhas: tartaruga-oliva, tartaruga-de-pente, tartaruga-cabeçuda e tartaruga-de-couro, e pela estabilidade da tartaruga-verde em Fernando de Noronha (PE) e Trindade (ES).

A ação do Tamar se estende por cerca de 1.100 km de praias, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, de Sergipe, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do Ceará, do Espírito Santo, do Rio de Janeiro, de e de Santa Catarina. A principal missão é a pesquisa, a conservação e o manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas, todas ameaçadas de extinção.

Outro aspecto relevante é o fato de todo esse trabalho contar com o apoio das comunidades costeiras dos locais onde há a ocorrência das espécies ameaçadas. Anualmente, são atendidas diretamente cerca de 800 pessoas em ações socioeducativas, de valorização da , de capacitação e inclusão social.

O Tamar é membro da Rede de Projetos de Biodiversidade Marinha (Rede Biomar), grupo composto também pelos Projetos Albatroz, Baleia Jubarte, Coral Vivo e Golfinho Rotador, todos patrocinados por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Juntos, esses projetos atuam em diferentes frentes e são um símbolo da atuação da Petrobras na conservação marinha no Brasil.

Release enviado pela Agência Comunique-se. Esperamos que o Projeto Tamar, tão importante para a defesa da biodiversidade do Brasil,  não seja atingido pela ira do governo xauara do presidente atual contra as ongs brasileiras. Longa Vida ao Projeto Tamar!

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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