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Sinhozinho: lenda do Pantanal

SINHOZINHO DO BONITO: MITO DO PANTANAL

Sinhozinho do Bonito: Mito do Pantanal

Por Mídia Max

SINHOZINHO DO BONITO: MITO DO PANTANAL

Na região de Bonito, tem o mito do Sinhozinho, um frei que andou pregando ensinamentos religiosos pela região nos anos 30.

Pequenino, mudo, benzia, curava e se comunicava, mesmo sem dispor de voz.

Desapareceu sem deixar vestígios, mas sua presença foi marcada pelas obras que fez, pelas cruzes e capela que construiu.

Uma das histórias contadas pelo povo é que Sinhozinho teria prendido, em um grande buraco de um dos morros da cidade, uma cobra gigante, selando com uma de suas cruzes.

Se a mesma for descoberta e retirada a cobra sairá e poderá devorar os moradores da cidade.

Em torno desse personagem, existem vários causos que cada contador enfoca um aspecto diferente. Outra fala que a retirada da cruz inundaria a cidade de Bonito.

 

 

 

 


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A Lenda da Vitória-Régia,  fruto da paixão de Naiá pela Lua 

Diz a lenda que, no começo do mundo, a Lua era um deus que sempre se escondia por trás das serras para namorar as jovens mais lindas das aldeias indígenas. A lenda diz também que, quando a Lua se enamorava, transformava a jovem por quem estava apaixonada em estrela e a levava para junto dela, no céu.

Em uma aldeia havia uma jovem guerreira chamada Naiá, muita linda, que se apaixonou pela Lua e sonhava em ir com ela para o céu. Todas as noites, enquanto seu povo dormia, Naiá subia as colinas esperando pela Lua, na esperança de virar estrela e seguir com ela para o céu. Mas a Lua parecia não notar a paixão de Naiá, que virou obsessão.

A obsessão de Naiá era tanta que chegou a um ponto em que a jovem não queria nem comer nem beber mais nada, só admirar a Lua. À noite, Naiá saía pela floresta soluçando e clamando pelo amor do deus Lua. Em uma dessas noites, Naiá viu a Lua refletida nas águas de um lago e pensou que era o próprio deus que se banhava ali, bem perto dos seus olhos.

Emocionada, Naiá jogou-se no lago, na direção em que via sua paixão, e não mais voltou. Comovido por tanto amor, o deus Lua recompensou Naiá, transformando-a em uma estrela diferente: Naiá virou uma linda vitória-régia, a “estrela das águas”, cujas lindas flores são brancas durante a noite e tornam-se rosadas com o nascer do dia.

SINHOZINHO DO BONITO: MITO DO PANTANAL
Wikipedia

A VITÓRIA-RÉGIA

A Wikipedia assim descreve a Vitória-Régia: A vitória-régia ou victória-régia (Victoria amazonica) é uma planta aquática  da família das Nymphaeaceae, típica da região amazônica. Ela possui uma grande folha  em forma de círculo, que fica sobre a superfície da água , e pode chegar até 2,5 metros de diâmetro e suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície.

Sua flor (a floração ocorre desde o início de março até julho) pode ser branca, lilas, roxa, rosa e até amarela, expele uma fragrância noturna adocicado do abricó, chamada pelos europeus de “rosa lacustre”, mantem-se aberta até o início da manhã seguinte.

No segundo dia, o da polinização, a flor é cor de rosa. Assim que as flores se abrem, seu forte odor atrai os besouros polinizadores (Cyclocefalo casteneaea), que a adentram e nelas ficam presos. Hoje existe o controle por novas tecnologias (adubação e hormônios) em que é possível controlar o tamanho dos pratos sendo utilizada no paisagismo urbano, tanto em lagos quanto em espelhos d’água.

Outros nomes: irupé ( guarani), uapé, aguapé (tupi), aguapé-assú, jaçanã, nampé, forno-de-jaçanã, rainha-dos-lagos, milho-d’água e cará-d’água.

Os ingleses que deram o nome Vitória  em homenagem à rainha, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês.

O suco extraído de suas raízes é utilizado pelos indígenas como tintura negra para os cabelos. Também utilizada como  folha sagrada nos rituais da  afro-brasileira e denominado como Oxibata.

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Wikipedia

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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