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‘Vamos vê-lo presidente novamente’, diz Zapatero a Lula na Espanha

Zapatero a Lula: “Vamos vê-lo presidente novamente”

‘Vamos vê-lo presidente novamente’, diz Zapatero a Lula na Espanha

Para o ex-presidente espanhol, o petista será um dos líderes do século XXI, que chamou de ‘século da igualdade’…

Por 247 com Fórum 

O ex-presidente do governo da Espanha José Luís Rodríguez Zapatero previu nesta segunda-feira que o Brasil voltará a ter Luiz Inácio Lula da Silva na presidência após as eleições de 2022.

“Presidente Lula (…) podemos vê-lo feliz. Vamos vê-lo presidente”, afirmou Zapatero ao ex-mandatário em um evento no Parlamento Europeu sobre a América Latina promovido pela bancada social-democrata europeia.
 
O ex-presidente do governo da Espanha (entre 2004 e 2011) pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) afirmou estar convencido de que “uma das razões mais esperançosas para a comunidade política internacional é ver o presidente Lula à frente do Brasil mais uma vez”..
 
Para Zapatero, “Lula é o grande mestre da igualdade, ele é o mestre da redução das desigualdades e, por esta razão, homens como Lula serão os que vão escrever o século XXI, o século da igualdade”.
 
“Eu sabia que ele era inocente, sempre soube que ele era inocente”, disse o ex-chefe do governo espanhol em relação ao fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter anulado as duas condenações da Lava Jato por corrupção contra o ex-mandatário brasileiro.
 
“(Lula) pagou caro por seu compromisso com a justiça social”, acrescentou Zapatero, além de opinar que “se ele não tivesse sido um valente metalúrgico, não teria tirado 30 milhões (de pessoas) da pobreza em seu país”.
 
“Se Lula não fosse valente, não voltaria a ser presidente. E ele será”, declarou Zapatero.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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