Explorando o Vulcanismo: O Fascinante Mundo dos Vulcões

VULCÕES E VULCANISMO: UM MUNDO FASCINANTE

Vulcões e Vulcanismo: Um fascinante

O vulcanismo é um dos fenômenos geológicos mais impressionantes e complexos da Terra. A maioria dos magmas se resfria e cristaliza, formando rochas plutônicas profundas.  No entanto, uma parte desse magma chega à superfície, criando fluxos de lava e materiais piroclásticos. Esse processo é conhecido como vulcanismo e resulta em uma variedade de formas e impactos no nosso .

Tipos de Vulcões e Suas Atividades

Os vulcões são manifestações visíveis da dinâmica interna da Terra. Eles ocorrem principalmente em duas situações: através da atividade das superplumas e pelo mecanismo de subducção de placas tectônicas. Esses dois processos são fundamentais para a formação e atividade vulcânica.

1. Superplumas: As superplumas são grandes colunas de magma que se elevam do manto terrestre em direção à crosta. Elas podem formar grandes vulcões ou provocar erupções vulcânicas de magnitude significativa. Essas estruturas são responsáveis por algumas das maiores erupções da .

2. Subducção de Placas: A subducção ocorre quando uma placa tectônica mergulha sob outra. Esse processo pode causar o derretimento do magma e sua ascensão para a superfície, resultando em vulcões ao longo das bordas das placas. Esse fenômeno está associado a terremotos e erupções vulcânicas.

Tipos de Vulcões e Suas Formas

Os vulcões variam amplamente em forma e características:

1. Vulcões Cônicos: A forma mais comum é a montanha cônica, formada por camadas de lava e materiais piroclásticos. Estes vulcões têm uma abertura no topo chamada cratera, onde ocorre a emissão de magma e gases.

2. Caldeiras: Alguns vulcões têm uma depressão grande e circular no topo, conhecida como caldeira. Estas estruturas se formam quando uma erupção de grande magnitude causa o colapso da câmara magmática. As caldeiras podem ter proporções quilométricas e frequentemente contêm lagos.

3. Domos de Lava: Os domos vulcânicos são formados por lava altamente viscosa que se acumula ao redor da abertura do vulcão. Esses domos podem ser altamente destrutivos quando rompem, como evidenciado pelo caso do Monte Pelée em 1902.

Erupções Vulcânicas e Seus Efeitos

Atividade Vulcânica Atual: Em qualquer momento, há pelo menos 12 vulcões em erupção ao redor do mundo. Além desses, muitos vulcões adormecidos podem entrar em erupção a qualquer momento. A atividade vulcânica pode ter impactos significativos, tanto local quanto globalmente.

Exemplos Históricos:

  • Vesúvio: O Vesúvio na Itália é famoso pela erupção de 79 d.C., que destruiu as de Herculano, Pompéia e Estábias. Essa erupção é um exemplo clássico dos impactos devastadores do vulcanismo.
  • Monte Pinatubo: Em 1991, o Monte Pinatubo nas Filipinas entrou em erupção após 600 anos de dormência. Esta erupção foi a maior dos últimos 50 anos, causando danos significativos e alterações climáticas.

Impactos Ambientais e Climáticos

Gases Vulcânicos: Os gases liberados durante uma erupção vulcânica incluem vapor d’água, dióxido de , dióxido de enxofre, e outros compostos. Esses gases podem causar mudanças climáticas e impacto ambiental significativo.

Exemplo de Impacto Climático: Em 1783, uma erupção na Islândia lançou gases tóxicos que causaram a de 75% do gado local e resultaram em uma queda nas temperaturas e falhas na safra. Isso levou à morte de 24% da população.

Mortes e Danos Ambientais: Em 1986, o lago Nyos em Camarões liberou uma nuvem de dióxido de carbono, resultando na morte de 1.746 pessoas e milhares de . Esse evento destaca os associados aos lagos de cratera que podem acumular gases tóxicos.

O Caso do Monte Pelée e a Tragédia de St. Pierre

A Erupção de 1902: O Monte Pelée, localizado na Martinica, é um exemplo notável de um domo vulcânico em erupção. Em 1902, o magma viscoso acumulado sob o cume do vulcão levou a uma erupção devastadora. A pressão interna fez com que o lado da montanha rompessem, resultando na liberação de uma nuvem ardente de materiais piroclásticos e gases a uma velocidade de 100 km/h.

Destruição de St. Pierre: A cidade de St. Pierre foi engolfada pela nuvem ardente, que arrasou a cidade em poucos minutos. A ventania subsequente destruiu prédios, arrancou árvores e causou incêndios devastadores. Entre os 28 mil residentes, apenas duas pessoas sobreviveram ao evento catastrófico.

Sobreviventes: Um sobrevivente estava fora da nuvem ardente, mas ficou gravemente queimado. Outro sobrevivente, um estivador preso em uma cela sem janelas, sobreviveu devido à proteção parcial da estrutura subterrânea. Ele foi encontrado quatro dias após a erupção, gravemente ferido, mas vivo.

O vulcanismo é um fenômeno geológico fascinante e complexo, com impactos profundos e variados no e nas sociedades humanas. Desde as erupções devastadoras do Vesúvio e do Monte Pinatubo até as tragédias de St. Pierre e a morte causada pelo gás no lago Nyos, os vulcões continuam a moldar o nosso planeta e a influenciar a de milhões de pessoas.

Compreender esses processos e suas consequências é crucial para a mitigação de riscos e a preparação para futuros eventos vulcânicos.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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