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Energias renováveis empregam 9,8 milhões de pessoas no mundo

Energias renováveis empregam 9,8 milhões de pessoas  no mundo – 

​A Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) acaba de lançar a edição 2017 de seu relatório anual sobre empregos no setor. Os dados mais recentes mostram que as energias renováveis ​​continuam gerando um número significativo de empregos em todo o mundo.

Excluindo os postos de trabalhos em hidrelétricas de grande porte, o emprego no setor das energias renováveis ​​aumentou 2,8% em 2016 (ou um acréscimo de mais de 226.000 postos de trabalho, totalizando 8,3 milhões de empregos no setor).

Quando contabilizamos as hidrelétricas, esse número sobe para 9,8 milhões e a IRENA acredita que deverá chegar a 24 milhões em 2030. Graças aos robustos investimentos da China em renováveis, 62% do total de empregos nesse setor no mundo estão hoje na Ásia.  O Brasil é o segundo país com mais empregos em renováveis no mundo.

Veja, a seguir, matéria completa sobre o assunto:

Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, 24 de maio de 2017 – As energias renováveis empregavam mais de 9,8 milhões de pessoas em 2016, segundo o mais recente relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). Energia Renovável e Emprego – Revisão Anual 2017 acaba de ser divulgado na 13ª reunião do Conselho da IRENA e traz os dados mais recentes sobre empregos e análises sobre os fatores que afetam o mercado de trabalho em energias renováveis.

“A queda dos custos e políticas facilitadoras têm impulsionado o investimento e, por consequência, os empregos em energias renováveis ​​em todo o mundo desde a primeira avaliação anual da IRENA em 2012, quando pouco mais de cinco milhões de pessoas trabalhavam no setor”, destaca Adnan Z. Amin, Diretor Geral da IRENA.

“Nos últimos quatro anos, por exemplo, o número de empregos nos setores solar e eólico mais do que dobrou. As energias renováveis ​​estão apoiando diretamente objetivos socioeconômicos mais amplos, com a geração de empregos cada vez mais reconhecida como um componente central da transição energética global.

À medida que a balança continua a pender em favor das energias renováveis, esperamos que o número de pessoas trabalhando no setor de energias renováveis ​​possa chegar a 24 milhões até 2030, mais do que compensando as perdas de postos de trabalho com combustíveis fósseis e se tornando um grande motor de desenvolvimento econômico em todo o mundo”,  acrescentou.

Energia emprego mapa 1

O relatório mostra que as energias renováveis empregavam 8,3 milhões de trabalhadores em todo o  mundo em 2016, excluindo-se grandes hidrelétricas.  Se contabilizarmos os empregos diretos gerados por estas, o número total de empregos em energias renováveis no mundo sobe para 9,8 milhões. A  maior parte dos empregos se concentra na China, no Brasil, nos Estados Unidos, na Índia, no Japão e na Alemanha. Na China, por exemplo, 3,64 milhões de pessoas trabalharam em energias renováveis ​​em 2016, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior.

 

O relatório da IRENA mostra ainda que, nesse setor, a energia solar fotovoltaica (PV) foi a maior empregadora em 2016, com 3,1 milhões de empregos – 12% a mais em relação a 2015 – principalmente na China, Estados Unidos e Índia.

Nos Estados Unidos, os empregos na indústria solar aumentaram 17 vezes mais rápido do que a economia como um todo, crescendo 24,5% em relação ao ano anterior para mais de 260 mil. As novas instalações eólicas contribuíram para um aumento de 7% no emprego eólico global, que alcançou a marca de 1,2 milhão de postos de trabalho.

O Brasil, a China, os Estados Unidos e a Índia também se revelaram mercados-chave de bioenergia, com os biocombustíveis respondendo por 1,7 milhão de empregos, a biomassa por 700 mil e o biogás 300 mil.

“Ao incluir dados de grandes hidrelétricas, este ano a IRENA traçou um quadro mais completo sobre os empregos no setor das energias renováveis. É importante reconhecer esses 1,5 milhão de trabalhadores, pois eles representam a maior tecnologia de energia renovável por capacidade instalada “, disse a Dra. Rabia Ferroukhi, Chefe da Unidade de Política da IRENA e Diretora Adjunta de Conhecimento, Política e Finanças.

Energia emprego mapa 3

O relatório também informa que, globalmente, 62% dos postos de trabalho em renováveis estão localizados na Ásia. Empregos em instalação e manufatura continuam a migrar para aquela região, especialmente para Malásia e Tailândia, que se tornaram centro mundial de fabricação de energia solar fotovoltaica.

Na África, os avanços no uso das energias renováveis em concessionárias de serviços públicos foram grandes, gerando 62.000 empregos em renováveis ​​no continente. “Em alguns países africanos, com recursos e infraestrutura adequados, estamos vendo postos de trabalho surgirem em fabricação e instalação para projetos com escala de serviços públicos.

Para grande parte do continente, entretanto, as energias renováveis distribuídas, como a energia solar fora da rede, estão trazendo acesso à energia e desenvolvimento econômico. Estas soluções de mini-grid e off-grid estão dando às comunidades a chance de superar o gap de infra-estrutura de energia elétrica tradicional e criar novos postos de trabalho no processo “, disse Ferroukhi.

Energia emprego mapa 2

ANOTE AÍ:

Para ver a íntegra do relatório, clique aqui.

Esta matéria nos foi gentilmente cedida por Rita Silva/AViV Comunicação11 4625-0605, a quem agradecemos.

Sobre a Agência Internacional de Energias Renováveis –  A IRENA tem mandato para ser o centro mundial de cooperação e troca de informações sobre energias renováveis por 150 deputados (149 Estados e União Europeia). Outros 30 países estão no processo de adesão e estão ativamente envolvidos.

A IRENA promove a adoção generalizada e a utilização sustentável de todas as formas de energias renováveis, na prossecução do desenvolvimento sustentável, do acesso à energia, da segurança energética e do crescimento econômico e da prosperidade em baixas emissões de carbono. wWw.irena.org

Contato para imprensa: Timothy Hurst, Chief Communications Officer, IRENA, thurst@irena.org
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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