AS DESVENTURAS DE TOINHO AMOROSO, PREFEITO DE PARAGARITUAMA

As desventuras de Toinho Amoroso, prefeito de Paragarituama, no mundo da governança global 

Trago aqui o relato de um grande amigo meu, nascido e criado na cidade Paragarituama, situada no noroeste alagoano, entre as Canapi e Inhapi.
Por Vitor Assis/DCO
 
Nossa história começa com um discurso histórico do prefeito Toinho Amoroso, proferido no dia 12 de novembro.
“Meus povos, minhas povas de Paragarituama! Eu queria abraçar…. o ventríloquo esquerdo…. do coração de cada um de vocês. Só não abraço… porque o governo… não mandou álcool em gel para passar nas nossas veias”.

O público aplaudiu, e algumas senhorinhas chegaram a corar.
“Eu queria dizer… duas coisas. A primeira… é que vocês… não vão ter que sair mais de casa… para pagar o oferendo da igreja!”

 “Vocês… agora… vão poder pagar pelo pixel!”

Toinho Amoroso era uma espécie de Sr. Satan com cabelos acajus e apenas 1,5m de altura.

“Eu fui… nas Europas… e falei: ‘o meu povo quer pagar em pixel. E só vou sair daqui… quando me derem… um saco de pixel… para eu levar para Paragarituama’!”

Toinho Amoroso seguiu enrolando por mais meia hora. Até que finalmente falou:
“A segunda coisa… e mais importante. Isso aqui… vai ser… uma em Paragarituama… Nem a família de Biá, nem a família de Manduca… quando tiveram na prefeitura dessa cidade… nunca fizeram uma coisa tão eletrificante!”

“Eu fui… na cidade de Engasgou, nas Escócias, e me deram a receita… da imortalidade. Nenhum cidadão, nenhuma cidadona… de Paragarituama… vai mais precisar morrer… de morrida. De matada… só vai ter se o delegado Maurício não trabalhar direito”.

O delegado Maurício, o solteiro mais disputado da cidade, acenou para as que gritavam na Praça da Batata.

“O segredo é que a gente precisa… parar de comer carne!”

O silêncio foi absoluto.

“A carne… é o que está matando… todos nós. O corangavíru… veio da carne da China. A gripe do porco… vem do porco. Os câncer… vêm da carne. Noé e Abraão… matavam os bichos para oferecer a Deus. Mas não comiam sua carne!”

As mesmas senhorinhas que coraram anteriormente agora balançavam a cabeça, concordando com o prefeito.

“Tem índio… que verve… mais de 500 anos… balançando o chocalho… E é porque… só come… mandioca”.

Os maiores puxa-saco do prefeito puxaram uma salva de palmas. Palmas para quem? Para os índios? Para a mandioca

Para Toinho Amoroso? Ninguém soube ao certo.

“De agora em diante, vou falar para vocês. Aqui, em Paragarituama, vai ser proibido comer carne. E eu conto… com o delegado Maurício… para que a gente consiga… salvar o nosso povo.”

Toinho Amoroso nunca falara tão sério em sua . Na primeira semana, fechou seis dos treze mercadinhos da cidade, acusados de comércio ilegal de proteína animal. Pelo menos cem pessoas foram colocadas na cadeia ao tentar contrabandear carne de cidades vizinhas. Outras seiscentas foram presas em inspeções de casa em casa. Isso tudo em uma cidade de 4.134 habitantes.

“Quatro mil, cento e trinta e dois. Os safados do Biá e do Manduca não são habitantes, só aparecem aqui em época de eleição.”

Depois de algumas semanas, a situação começou a se estabilizar. Aos poucos, os moradores de Paragarituama foram cedendo às maluquices do prefeito. Até que…

“Dona Fernanda descansou. Dormindo. De morte morrida.”

“Ah, velha safada. Estava comendo carne esse todo. Bem que eu desconfiei.”

“Católica do jeito que era, ela não ia desobedecer o padre. Ela não comia carne, seu Toinho”.

“É claro que comia! Como mais teria morrido de morte morrida? Vicente, ligue agora para o delegado Maurício! Mande ele prender o defunto na cadeia pública.”

E assim foi feito. Jogaram o corpo de Dona Fernanda em um caixão, passaram uma corrente e colocaram numa cela. No jornal do dia seguinte, todo mundo viu a foto da ex-Dona Fernanda jazindo atrás das grades.

A ação teve consequências. A filha de Dona Fernanda organizou um pequeno comício, com cerca de vinte pessoas, em frente à delegacia. Biá veio correndo e fez um duro discurso.

O prefeito reuniu seus assessores para uma reunião de emergência. Acabou decidindo por liberar o corpo de Dona Fernanda e prender Biá e a filha da defunta.

O jornal da cidade, chefiado pelo sobrinho mais velho de Toinho Amoroso, chamou todos para o enterro de Dona Fernanda, que aconteceria no fim da tarde seguinte.

“Eu queria dizer a vocês… Fernanda é um exemplo… um orgulho para a nossa querida cidade de Paragarituama.”
Quase mil pessoas assistiam à cena.

“Eu não chorei com sua morte… porque, se eu chorasse, eu não estaria aqui hoje. Estaria chorando até agora.”
Uma das senhorinhas soltou um gritinho.

“Por isso, pedi a Deus que, na manhã de hoje, chovesse. Essa chuva que teve hoje… são as lágrimas que Dona Fernanda merece. São as lágrimas de todos os cidadãos e cidadonas… da cidade de Paragarituama.”

E seguiu.

“Queria pedir desculpas… em nome do delegado Maurício… por ter prendido a Dona Fernanda. Ele pensou que ela tinha traído o nosso povo… e comido… aquilo que o satanás quer que a gente coma.”

Toinho Amoroso fez uma pausa dramática.

“A verdade é que Dona Fernanda comeu carne. Mas ela comeu, justamente, para provar à sua filha e ao traidor do Biá que carne mata. Por isso, vou mandar fazer uma estátua… em homenagem à Dona Fernanda… na Praça da Batata… e colocar no lugar… da estátua do nosso fundador.”

O público aplaudiu em peso.

“Também mandei prender… os traidores da nossa bela cidade. A filha de Dona Fernanda e Biá serão enforcados às dez horas… na Praça da Batata!”

O público ficou na dúvida. Aplaudia? Comemorava? Demonstrava surpresa? Xingava Biá?

“E tem mais… Eu chamei aqui… O doutor em tropologia… Vanderlei Medeiros. Ele é de São Paulo… Ele quer estudar… essa que é a primeira cidade da história do ser humano… a proibir a carne. Também trouxe aqui… da de São Paulo… o filósofo… Guilherme Irê… para ensinar para a gente… que a carne faz mal.”

Dois homens brancos e louros, fazendo o maior esforço possível para não fazer cara de nojo, acenaram para o público.

“Você, Jesulino, o nosso magnifico coveiro cearense, veja só que coisa maravilhosa. Eles disseram que se você… parar de comer carne… a cabeça dos seus filhos… e dos seus netos… vai ficar menor. Você, dona Laura, veja bem… se continuar comendo linhaça… sua pança de Flávio Dino… vai virar uma tauba… de passar ferro!”

Toinho Amoroso conseguiu citar cinquenta motivos pelos quais o vegetarianismo seria um avanço para a cidade alagoana.

“Comer ovo… está liberado! Mas só ovo trazido de outras roças… ou então… que for plantado. Porque não quero ninguém… criando galinha na primeira cidade… que o doutor Medeiros chama… de mitifri.” 
“É meat free, senhor.”

“Aqui… em Paragarituama… as palavras têm som diferente. Porque o vento sai das pedras, quica nas nuvens… e desce na diagonal. Por isso… aqui… a gente fala… mitifri.“

Os universitários prefiriram não entrar na discussão.

“Com isso, meus amados… eu digo só mais uma coisa. Em Fortaleza, eles comeram tanta carne, que estão virando zumbis do alquidédi. Vejam só o povo revirando o lixo, atrás de osso. É isso que Biá quer fazer com vocês!”

Agora, sim, o público entendeu o recado e começou a vaiar e a xingar Biá.

“Aqui… nosso povo… não passa fome. Aqui… ninguém… vai virar zumbi. Eu agaranto.. para todo e toda cidadona… que for honrado… que não for macumbeiro… que tiver um retrato meu em casa… que criar as filhas… do jeito certo… que criar os filhos… feito homem… sem sandália cróqui… nem cabelo laranja… nem assistindo filme da Coreia… vocês… eu agaranto… vão ganhar… dessa voz lubrificante que vos fala… uma saca de batata… uma caixa de repolho… três ovos… uma cabeça de alho… e um saquinho de feijão debulhado… todo dia.”

Era o que o povo precisava. Toinho foi ovacionado.

Dali em diante, as coisas começaram a dar bastante certo. Os moradores de Paragarituama, satisfeitos porque não precisavam mais comprar comida — viviam com as doações de Toinho.

Toinho, mais do que satisfeito com sua popularidade: foi reeleito para mais quatro anos, tinha acabado com Biá e conseguido alimentar todo o seu povo em um momento em que o País começava a passar fome, graças ao dinheiro que os pesquisadores da USP passavam para ele.

Mesmo os dois gaúchos que faziam churrasco todo fim de semana estavam felizes. Depois de um período deprimidos, passaram a valorizar os espetinhos de beringela.

Guilherme Irê e Vanderlei Medeiros passaram a morar permanentemente em Paragarituama, numa mesma casa, viajando esporadicamente para apresentar o resultado das suas pesquisas na primeira cidade meat free da história.

“Vocês são gays?”

“Sim. Algum problema?”

“Não. Só peço aos senhores… sabe… que não façam isso em público. Sabe como é, né? Vai nessa que vai ver onde vai parar…”

A partir de um determinado momento, uma terceira pessoa passou a morar na casa de Guilherme Irê e Vanderlei Medeiros. Era Tablita Peperoni, a intérprete das falas dos estudiosos da USP. Por exemplo:

“Precisamos aprender a lidar com a problemática dos gêneros nas sociedades pós-modernas das periferias do sistema, nem que para isso tenhamos que lançar mãos dos mecanismos carcerários que hoje são usados contra a esmagadora maioria dos pretos, pretas e pretes, principalmente a mulher negra lésbica.”

“A partir de agora, quem xingar algum viado, vai para a cadeia.”

Tablita trabalhava bem, e sabia lidar com todo o palavreado esquisito de Irê e Medeiros. A única vez em que meteu Toinho em uma enrascada foi quando o prefeito precisou comprar uma passagem para que ela acompanhasse os universitários em uma palestra no Paraná.

“Seu nome é Fábio Bezerra?! Como assim seu nome é Fábio… Bezerra?!”

“Meu nome de nascimento. Hoje sou Tablita Peperoni. Só uso o nome de Fábio quando pedem meus documentos.”

Com os moradores de Paragarituama, houve alguns problemas, é claro. Mas Toinho Amoroso soube tirá-los de letra.

“Prefeito, as estão demorando o dobro do tempo para aprender a tabuada.”

“Então agora toda escola vai ser integral, para eles estudarem o dobro do tempo.”

“Prefeito, os alunos estão desmaiando na sala de aula.”

“Vicente, encomenda um caminhão de Biotônico Fontoura aí.”

“Prefeito, os patrões estão tudo reclamando que o pessoal tá preguiçoso e mole no trabalho.”

“Pega uma cambada dos mais preguiçosos e leva de carroça para a Bahia.”

Até que, em um dado momento, uma deu um nó na cabeça de Toinho Amoroso.

“Senhor, tenho aqui um relatório dos ambientalistas. Nos últimos dois anos, a quantidade de gases emitidos pelos moradores de Paragarituama aumentou 2.700%, devido à ingestão de repolho, ovos e outros alimentos.”

“O relatório é científico?”

“É. Incontestável.”

Toinho Amoroso ficou branco. Convocou na mesma hora o gabinete de crise.

“Guilherme Irê, Vanderlei Medeiros! Estamos destruindo a camada de ozônio.”

Guilherme Irê e Vanderlei Medeiros não moveram um músculo.

“É sério que você, esse tempo todo, estava preocupado com a camada de ozônio?”

“Mas… mas é claro. Foi isso o que disseram em Engasgou. Se… se a gente continuasse comendo carne, as calotas polares iam derreter e os ursos…”

Uma lágrima escorreu dos olhos de Toinho. Lembrara de seu ursinho de pelúcia, o Pimpão.

“Toinho, relaxa. A única vez que vi um peido matar alguém foi no filme do South Park. Querer impedir a emissão de gás é tão inútil quanto ter xoxota e ir morar em Pelotas.”

“Mas… você não defende o meio ambiente? Pera aí… Você fez uma piada homofóbica?”

Os três se olharam. Não falaram nada, mas todos entenderam a mesma coisa. Acabou. O prefeito iria romper com todo o esquema.

Medeiros e Irê decidiram se antecipar. Ligaram para o instituto onde trabalhavam e que dava o dinheiro para o projeto meat free. Conseguiram a autorização que precisavam.

Em menos de duas horas, Medeiros e Irê já estavam na Praça da Batata. As pessoas não paravam de chegar.

“Amigues de Paragarituama, viemos aqui fazer uma importante revelação. Toinho Amoroso quer castigar os nossos corpos! Vamos mostrar a vocês um áudio que mostra o prefeito agindo como um homofóbico.”

E colocaram para tocar a conversa em que Toinho falava: “vai nessa que vai ver onde vai parar.”

Ninguém se mexeu. Na verdade, ninguém ligou. O silêncio absoluto foi, enfim, rompido pela voz de Toinho Amoroso, que gritava do outro lado da praça.

“Meu povos… minha povas de Paragarituama. Esses dois… são dois impostores. Dois falsos vegetarianos! Dois falsos gays!”

Toinho Amoroso lembrou de uma cena desagradável que presenciara entre Irê, Medeiros e um par de línguas.

“Quer dizer, dois gays, que são falsos anti-homofóbicos! Eles só vieram para cá… para usar a gente… no doutorado deles nos Estados Unidos. Olhem aqui… o que achei… na bolsa deles.”

Toinho Amoroso tirou uma peça de picanha gigante na bolsa. A embalagem estava lacrada, com uma etiqueta escrito “Made in USA“.

“Nossos filhos estão fracos… nossos alunos não aprendem mais… porque eles mentiram para a gente”.

Vanderlei Medeiros e Guilherme Irê demonstraram a intenção de abrir a boca para se explicar. Mas não conseguiram.

Todos partiram furiosos para cima dos universitários.

Não deu cinco minutos, e uma fogueira já ardia bem no centro da Praça da Batata. O corpo de Guilherme Irê, amarrado a um tronco, foi o primeiro a defumar. Vanderlei Medeiros implorou, gritou, mas teve o mesmo destino.

O pensamento dos moradores de Paragarituama era o mesmo. Estavam há muito tempo sem comer carne. E para nada! Ninguém aguentava mais. Bastou que o primeiro arrancasse um dedo, para que todos os outros 4.130 habitantes da cidade, sem exceção alguma, enfiassem na boca algum pedaço de seus inimigos.

Comeram quase tudo: cabeça, ombros, joelhos, costelas. Só sobrou, de cada universitário, uma parte entre a lombar e as coxas.

No final, dois franzinos jovens gaúchos pediram para comer a única parte que sobrou.

Toinho Amoroso ficou pensativo. Lembrou de tudo o que tinha passado, e chegou à seguinte conclusão: os verdadeiros inimigos dele estavam na brasa. Não iria mais brigar com o seu povo.

“Fiquem à vontade”, disse rindo, entregando um garfo para cada um.

Victor Assis – Dirigente dos comitês de luta contra o golpe em Pernambuco e editor do Diário Causa Operária. Título original da matéria: As desventuras de um prefeito do interior de Alagoas após a COP26

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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