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Quase 23 mil palestinos já morreram nos ataques de Israel contra Gaza

Quase 23 mil palestinos já morreram nos ataques de Israel contra Gaza

Ao longo de 93 dias, exceto por um breve cessar-fogo em novembro, os bombardeios israelenses têm devastado a região.

Por Redação/Mídia Ninja

Neste domingo (7), completaram-se três meses desde o início do massacre de palestinos na Faixa de Gaza, promovido por Israel sob comando de Benjamin Netanyahu. Segundo o site Opera Mundi, as autoridades locais contabilizam 22,7 mil mortes, quase 1% da população de 2,3 milhões de pessoas. Cerca 91% dos moradores estão desabrigados, buscando refúgio em hospitais ou acampamentos organizados pela ONU e Meia Lua Vermelha.

Devastação e carência generalizada

O Centro de Satélites da ONU relata que cerca de 37 mil edifícios foram destruídos pelos israelenses, deixando poucas estruturas habitáveis. Gaza enfrenta falta de eletricidade, água potável e acesso à internet, serviços fundamentais cortados por Israel em diversos momentos. Restrições impostas também dificultam a entrada de medicamentos e alimentos, agravando a crise alimentar diante da destruição de quase 20% das terras agrícolas da região.

Sem saída para os palestinos

Israel mantém as passagens entre Gaza e seus territórios fechadas, assim como a fronteira com o Egito, tornando difícil a saída para aqueles que buscam escapar da região. O governo Lula, por meio de esforços diplomáticos, conseguiu retirar cerca de 1,5 mil pessoas e 53 animais domésticos da área de bombardeios entre novembro e dezembro do ano passado.

Um jornalista por dia

Em meio à escalada de violência na Faixa de Gaza desde o início de outubro, dados recentes da entidade suíça Press Emblem Campaign revelam que o exército de Israel foi responsável pela morte de quase um jornalista por dia. Até o momento, 81 profissionais da imprensa perderam a vida em ataques do regime sionista liderado pelo presidente Benjamin Netanyahu. Este número representa um aumento significativo em comparação ao ano anterior, contribuindo para um total de 140 jornalistas assassinados em todo o mundo em 2023, marcando um crescimento de 20%.

*Com informações da Rede Brasil Atual

Fonte: Mídia Ninja. Foto: Elineudo Meira.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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