Milton Menezes Junior– Poeta acreano.
SOBRE O RIO ACRE
O rio Acre é um curso de água que tem sua nascente no Peru e desagua no Brasil, na margem direita do rio Purus, junto à cidade amazonense de Boca do Acre. É um dos rios mais famosos da Região Norte do Brasil, pois atravessa e deu o nome ao estado do Acre, e foi ainda o palco principal de um episódio marcante da história brasileira: a Revolução Acreana.
O vale do rio Acre é razoavelmente povoado para os padrões amazônicos. No município acreano de Assis Brasil, o rio marca a fronteira dessa cidade com Iñapari (Peru) e Bolpebra (Bolívia). Além destas cidades, outras localidades situadas à beira do rio são: Brasileia, Cobija (Bolívia), Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco, Porto Acre, Floriano Peixoto e Boca do Acre. Ao atravessar a cidade de Rio Branco, o rio divide-a em dois distritos. Suas águas são barrentas e piscosas.
O rio Acre nasce numa cota da ordem de 300 m. Seu alto curso, até a localidade de Seringal Paraguaçu, atua como divisa entre Brasil e Peru; desse ponto até Brasileia, marca a fronteira entre Brasil e Bolívia. A partir daí, adentra o território brasileiro. Logo abaixo da cidade de Porto Acre, adentra o território do estado do Amazonas, que percorre até a sua foz.
No total, o rio Acre percorre mais de 1.190 km desde suas nascentes até a desembocadura. É atravessado por duas pontes internacionais: uma liga Assis Brasil a Iñapari (Peru) e outra liga Brasileia a Cobija (Bolívia).
Durante as cheias, o rio Acre é navegável até as cidades de Brasileia e Cobija. O período de águas altas prolonga-se de janeiro a maio, aproximadamente, e o de águas baixas é mais acentuado em dezembro.
De Boca do Acre (foz) até Rio Branco, apresenta um estirão navegável de 311 km, com 0,80 m de profundidade mínima em 90% do percurso. Entre Rio Branco e Brasileia, as profundidades são mais reduzidas, possibilitando a navegação apenas durante a época das cheias. São 635 km de percurso, com acentuada sinuosidade e larguras inferiores a 100 m.
O trecho a jusante de Rio Branco até a foz é considerado a continuação da hidrovia do rio Purus, para acesso à capital do estado do Acre. A navegação é franca para embarcações de grande porte nos períodos de chuvas e reduzida para aquelas de médio e pequeno porte nas estiagens.