TERCEIRA EDIÇÃO DO FLIV-RIO: LITERATURA PROGRESSISTA, DEBATES, APRESENTAÇÕES CULTURAIS E NOVOS AUTORES EM DESTAQUE

TERCEIRA EDIÇÃO DO FLIV-RIO: LITERATURA PROGRESSISTA

Terceira edição do FLIV-Rio: literatura progressista, debates, apresentações culturais e novos autores em destaque

Está confirmada a terceira edição do Festival do Livro do Rio de Janeiro, FLIV-Rio: dias 28, 29 e 30 de novembro, na sede do Sinttel-Rio, com entrada gratuita!

Por Sinttel-Rio

O Sinttel-Rio abre as portas para os(as) amantes da literatura progressista, escritores/as e críticos/as da conjuntura pelo terceiro ano consecutivo. O Festival do Livro do Rio de Janeiro é organizado pelo Sindicato, com apoio do SindPD e do Sindicato dos Jornalistas, e busca atrair a sociedade para o debate democrático sobre a conjuntura e a construção de um mundo melhor.

Durante os três dias do FLIV-Rio, o pátio do Sindicato é tomado por editoras, jornalistas, estudantes, escritores/as, militantes que passeiam pelo tapete vermelho vendo os lançamentos de mais de 40 editoras. Os livros serão vendidos com até 30% de desconto. A novidade deste ano será um espaço exclusivo para os autógrafos, carinhosamente batizado de “Abrace seu/sua Autor/a”.

Uma inovação do evento será um concurso literário para estudantes do ensino médio que terá premiação em dinheiro. As informações estão disponíveis no site do Sinttel-Rio. O Festival ainda terá teatro, cultura, espaços gastronômicos, mas como sempre, o ponto forte são os debates que provocam reflexão e são abertos ao público com a participação da plateia.

Entre as atividades, uma mesa bastante aguardada pelo movimento sindical é a do professor Jefferson Rodrigues, Procurador do Trabalho, que vai lançar o seu livro mais recente: “Contribuição Assistencial: Guia prático para sindicalistas e advogados defenderem o custeio sindical no Brasil”, tema fundamental para o movimento sindical.

Alguns autores/as que marcaram presença nas edições anteriores, 2022 e 2023, já confirmaram presença e trarão novas publicações. Entre eles: Rubens Casara, juiz e escritor, e Cesar Calejon, jornalista do ICL e escritor.

Entre os/as estreantes, estão José Genoíno, ex-deputado e ex-presidente do PT; Luís Nassif, jornalista e editor do site GGN; Luiz Eduardo Soares, antropólogo, cientista político e professor da UFRJ; Jefferson Rodrigues, professor de Direito Sindical e Procurador do Trabalho; e o professor Mateus Mendes, que estará presente, dia 28 de novembro, às 18h, para lançar o livro: “É Ideologia, Estúpido” e “Guerra Híbrida é Neogolpismo: Geopolítica e Luta de Classes no Brasil (2013-2018)”. Ele vai participar de um debate com José Genuíno sobre “Desafio e Dilemas da Esquerda Brasileira na Conjuntura atual”. Imperdível.

As mulheres também marcarão presença. Uma atividade de destaque será a roda de conversa “A importância da escrita da mulher para a Literatura”, dia 29, às 14h, que contará com cinco escritoras brasileiras, cada uma representando uma trajetória e transitando por gêneros literários distintos: romance, poema, infanto-juvenil, contos

O evento terá ainda espaço reservado para poesia e arte. O grupo “Militantes em Cena”, que usa o palco para defender a democracia, vai apresentar a peça “A cadela do fascismo está sempre no Cio”, obra inspirada em textos que falam sobre o fascismo, com referências de Bertolt Brecht e Spinoza.

E pode ter certeza: esse é só o início de uma escalação incrível. Em breve, divulgaremos toda a programação. Confira as atualizações no site (www.flivrio.org.br) e Instagram do FLIV-Rio @fliv.rio

 

Serviço:

Sinttel-Rio – Moraes e Silva, 94, Maracanã, Rio de Janeiro

Dias 28, 29 e 30 de novembro de 2024 – Horário de funcionamento: 10h às 20h

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p style=”text-align: justify;”>Assessoria de imprensa: Tatiana Guimarães – 21-99428 9211 – tatiguimaraesteixeira1976@gmail.com

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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