Fernando de Noronha

FERNANDO DE NORONHA: UM PARAÍSO DE FANTÁSTICAS TRILHAS ECOLÓGICAS

Fernando de Noronha: Um paraíso de fantásticas trilhas ecológicas 

Localizada no litoral pernambucano, a cerca de 545 km de Recife, a ilha de Fernando de Noronha é um paraísoparaíso quase intocado, protegido por um Parque Nacional Marinho (Panamar) e uma Área de Proteção Ambiental (APA).

Por Eduardo Pereira 

Em Noronha, um dos pontos fortes do ecoturismo são as trilhas ecológicas. Variando entre 1,5 e 7 km de extensão, sendo que algumas delas são pagas e algumas só podem ser feitas com a presença de guias. Mas, em qualquer situação, as fantásticas trilhas de Noronha oferecem oportunidades de lazer ecológico para todos os gostos. Algumas delas:

Trilhas do Panamar: Baía do Sancho, Pontinha Pedra Alta, Ponta do Capim-Açu, do Farol e trilha da Baía dos Golfinhos. Da APA: Jardim Elizabeth, Costa Azul e Costa Esmeralda.

A trilha mais longa é a de Capim-Açu, com cerca de 7 km de extensão.

No caminho, podem ser vistas as famosas ruínas da segunda guerra mundial.

Outra trilha fabulosa é da Baía do Sancho, cujo mirante de 40 metros de altura só pode ser acessado por escadas cavadas em uma fenda que fica bem perto de um penhasco.

Já na trilha da Pontinha Pedra Alta, quem faz trekking pode avistar a pedra seca, local do primeiro naufrágio ocorrido no Brasil, no ano de 1503.

Bem mais recente, a trilha dos Abreus é belíssima, mas bastante rústica, com muitas subidas e descidas.

E tem também a trilha do Farol, com muitos mirantes pelo caminho; a trilha Jardim Elizabeth, local escolhido pelos holandeses para aclimatar as plantações trazidas da Europa; e a mais calma de todas, a Baía dos Golfinhos, com seu mirante de 70 metros de altura, de onde se pode ver o show dos golfinhos rotadores.

A trilha da Costa Esmeralda corta três belas praias, a do Bode, a de Quixaba e a da Cacimba do Padre, é a mais litorânea de todas. O ponto forte dessa trilha é observar as Catraias, aves marinhas primas dos pelicanos, que mergulham no mar em busca de alimentos. Dela se podem avistar as rochas Dois Irmãos, fontes de inspiração para a Lenda do Pecado.

E tem ainda a trilha da Costa Azul, que dá acesso às ruínas do forte de Santa Cruz e ao Morro do Pico, outra referência da Lenda do Pecado, uma das mais ouvidas na Ilha de Fernando de Noronha.

A LENDA DO PECADO

Uma das histórias mais famosas de Fernando de Noronha é a Lenda do Pecado, que fala do amor proibido de dois seres gigantescos, que remonta às míticas histórias da Grécia Antiga. O casal teria sido castigado por ter amado demais e pecar por amor. Para ela, o castigo foi ter seus seios eternizados nas águas azul turquesa, em pedra, no Morro dos Dois Irmãos; para ele, a pena de ter seu falo petrificado, também em pedra, no Morro do Pico, ponto mais elevado de Noronha.

Fernando de Noronha: Um paraíso de fantásticas trilhas ecológicas 

Fonte: https://becodenoronha.com.br/wp/fernando-de-noronha-curiosidades-uma-ilha-cercada-por-lendas/

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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