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Discurso do Brasil na ONU: Alucinação, Bizarrice, Despreparo e Prepotência

Discurso do Brasil na ONU: Alucinação, Bizarrice, Despreparo e Prepotência
“O mundo vê o Brasil comandado por um alucinado…” “Uma vergonha para o Brasil..” No campo da esquerda, o discurdo o presidente brasileiro na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira, 24 de setembro, foi visto como uma “alucinação” que revela uma “pequenez política” que envergonha nosso país perante os olhos do mundo. Abaixo, alguns dos comentários postados no Twitter imediatamente após o discurso do presidente na ONU.
 
15m tem tanta coisa errada pablo valadares camara dos deputados el paisO BRASIL COMANDADO POR UM ALUCINADO – Guilherme Boulos –  @GuilhermeBoulos: Na ONU, Bolsonaro conseguiu culpar num único discurso o socialismo, a pedofilia e um cacique como inimigos do país. O mundo vê o Brasil ser comandado por um alucinado, que nos envergonha a cada vez que abre a boca.
PEQUENEZ POLÍTICA – Maria do Rosario #LulaLivre @mariadorosarioBolsonaro mostra sua pequenez política em discurso perante todo o mundo. Ataca países, desrespeita nossa soberania e nos envergonha como país. Tenta transformar a ONU em mais um palanque para realizar sua disputa ideológica. #BolsonaronaOnu #BolsonaroEnvergonhaOBrasil
VERGONHA PARA O BRASIL – George Marques:  @GeorgMarques: Discurso de Bolsonaro de cabo a rabo tem viés ideológico. Ataca Cuba, Venezuela, o socialismo. Não acrescentou nenhuma palavra de união ou conciliatória, apenas a divisão. Ainda saudou a ditadura e o golpe militar que marcou a história brasileira. Que vergonha para o Brasil.
MAIS UMA VERGONHA –  Margarida Salomão:  @JFMargarida: Mais uma vergonha. Bolsonaro diz na ONU que o Brasil trouxe médicos cubanos “sem comprovação de que eram médicos”. O ponto é que são médicos reconhecidos pela OPAS, Organização Panamericana de Atenção a Saúde. Reconhecida pela própria ONU.
INIMIGOS IMAGINÁRIOS – Chico Alencar: Chico Alencar@50ChicoAlencar: Paranoico, com mania de perseguição, inventando factoides e bravatas, e sempre elegendo inimigos imaginários para se vender como solução a problemas inexistentes. Esse foi o resumo do vergonhoso discurso de #BolsonaronaONU

NOSSO PAÍS NÃO MERECE ESSE VEXAME – Jandira Feghali: @jandira_feghali: Bolsonaro apequenou o Brasil. Os líderes mundiais o olham com estranheza. Sabem no fundo o quanto extremista e sem credibilidade ele é. Nosso país não merece esse vexame. #BolsonaronaOnu #BolsonaroVergonhaMundial

ATAQUE AO CACIQUE RAONI – Paulo Pimenta –  @DeputadoFederal: Bolsonaro é cínico ao se mostrar como defensor dos povos indígenas e hipócrita ao acusar gente como o cacique Raoni, que tem décadas de militância ambiental em defesa da Amazônia e por isso é odiado pelos ruralistas amigos do presidente miliciano.: Que vergonha! 

BRASIL COLÔNIA DOS USA – Erika Kokay@erikakokay: Bolsonaro fala em neocolonialismo ao criticar suposta “interferência externa” na questão da Amazônia. Mas o Brasil já é colônia dos EUA, pois @jairbolsonaro ama a bandeira americana e tem devoção por @realDonaldTrump
#BolsonaronaOnu

DISCURSO PREJUDICA O BRASIL –  Liderança da Minoria na Câmara: @minorianacamara : Com o discurso de #BolsonaronaOnu o dólar subiu e o IBOVESPA caiu. #bolsonarovergonhamundial e prejudica o Brasil. Ele quer nos trasnformar num anão diplomático e econômico.

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Foto interna: pablo valadares/camara dos deputados/el pais.
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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