28 de junho: PT convoca DIA MUNDIAL STOP BOLSONARO

28 de junho: PT convoca DIA MUNDIAL STOP BOLSONARO

conclama militância a participar do Dia Mundial Stop Bolsonaro

Militantes no e no exterior vão participar de ações contra o e em defesa da .

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann e o secretário de Relações Internacionais, Romênio Pereira, divulgaram nota para conclamar a militância petista no Brasil e no exterior a participar das ações que serão realizadas no dia 28 de junho, data intitulada como Dia Mundial Stop Bolsonaro.

Núcleos dos PT no exterior que já vem realizando várias manifestações e atos Fora Bolsonaro vão se somar aos  e sindical daqui do Brasil e em seus países.

Leia abaixo a nota sobre o Dia Mundial Stop Bolsonaro.

28 de junho – Dia Mundial Stop Bolsonaro

 A ascensão de governos que ignoram os direitos e as reais necessidades da população está sem rumo, mais do que nunca com a atual pandemia, por isso, as pessoas estão reagindo com indignação e protestando, seja contra o fascismo, seja em defesa da democracia.

Os núcleos do PT no exterior (SRI/PT) somam-se a estas iniciativas no exterior em diálogo com o conjunto dos movimentos sociais e sindical que lutam por um melhor e mais digno.

 seguindo em defesa da democracia, essencial para o acesso a direitos fundamentais, que vem sendo ignorado pelo atual governo brasileiro, conclama sua militância no Brasil e no exterior a participar das ações do dia 28 de junho de 2020, Dia Mundial Stop Bolsonaro.

O evento possui conta de Twitter, de Instagram e de Facebook, com o endereço @stopbolsonaro, para os que desejam buscar mais informações e também se somar à iniciativa na sua cidade.

Participe desta importante ação!

Gleisi Hoffmann
Presidente

Romênio Pereira
Secretário de Relações Internacionais

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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