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A trajetória de Napoleão, o despertar do povo brasileiro e o futuro de Lula

A trajetória de Napoleão, o despertar do povo brasileiro e o futuro de Lula

A trajetória de Napoleão Bonaparte, contada por Vivaldo Barbosa, nos anima a acreditar, que no futuro (próximo), o povo vai acordar dessa letargia bozzonaurica e vai reconhecer o papel que Lula teve na vida do povo brasileiro

Por Vivaldo Barbosa via Viomundo

Napoleão Bonaparte foi amado e odiado, vitorioso e derrotado. Mas sempre lembrado. Uma das maiores personalidades de toda a História.

Depois de atingir o ápice de suas vitórias, conquistas, glória, Napoleão começou seu calvário ao ser derrotado em Leipzig e teve que voltar para casa.

Seus adversários vieram em seu encalço, invadiram a França, entraram em Paris. Antes, em 1812, Napoleão entrou em Moscou.

Depois, em 1814, o Czar Alexandre entrou em Paris. Napoleão foi enxotado para a Ilha de Elba. Em seu caminho foi xingado, enxovalhado, vaiado.

Menos de um ano depois, Napoleão volta à França, vai recebendo adesões de seus ex-soldados, de seus exércitos, do povo e até da classe política que o havia destronado.

Todos passaram a lembrar-se do bem que havia feito à França e aos franceses, diante do descalabro e da catástrofe que foram seus sucessores.

As ideias e os feitos da Revolução Francesa que Napoleão havia ajudado a propagar e levar para o mundo, o orgulho nacional afirmado, os benefícios alcançados pelo povo, o bem estar geral, a dignidade de um povo e de um País, o Código Civil, em meio a erros e contradições em que ele se meteu. O povo francês o elegeu novamente em plebiscito nacional.

Durou pouco, Cem Dias, veio Waterloo, a pá de cal, e as forças estrangeiros o derrubaram de vez.

À medida que o tempo foi passando, o prestígio de Napoleão foi sendo recuperado, o seu papel para a França e os franceses foi sendo melhor compreendido, voltou a ser amado e reconhecido até por críticos anteriores.

Em todos os cantos, nos diversos extratos sociais, acima de tudo no povo, o amor a Napoleão era cada vez mais forte. E por toda a Europa e em diversas partes do mundo. Ao lado de ódios intransponíveis, claro.

Após décadas, seus restos mortais voltaram para a França e ele foi recolocado como o grande herói, a grande referência na França. Mesmo com sérios defeitos que carregava.

Lula, no Brasil, foi amado intensamente, saiu do governo com mais de 80% de aprovação, mas sofreu ataques virulentos, viveu o seu calvário por um judiciário parcial, acovardado, com conexões com os Estados Unidos e inteiramente entregue aos meios de comunicação.

Chegou ao disparate de ser preso para que pudessem tomar o poder para realizar o projeto conservador, fisiológico, entreguista, de retirada de direitos que se abateu sobre o Brasil e o nosso povo.

Hoje, tudo isso é um fracasso: um governo inerte, deixando o brasileiro naufragar na pandemia, o projeto neoliberal dá mostras que não resolve os dramas da nação e o sofrimento do povo. Como em todas as épocas, em todos os lugares.

Incompetentes e até tresloucados governam, colocam-se submissos aos interesses dos Estados Unidos e dos grupos econômicos.

O conservadorismo, e seu braços mais forte de atuação política, os meios de comunicação, vivem dilemas: dizem não gostar do Bolsonaro mas amam seu governo neoliberal, entreguista e concentrador.

Não encontram saída: o herói que fabricaram está se desmanchando. Só lhes resta continuar massacrando Lula e mantê-lo fora, exilado ou em Elba ou em Santa Helena, para onde mandaram Napoleão.

O povo está percebendo, lembrando-se do que foi feito de melhor para a vida dele e de quem o fez: o aumento dos salários, a superação da pobreza e da miséria, avanços na educação, em ciências, os filhos nas escolas técnicas e nas faculdades, mais comida na mesa, água para os nordestinos, mais casas para muitas famílias.

O orgulho de um Brasil que caminhava, que podia dar certo. E de outras coisas.

Isto é lento, o poder dos meios de comunicação e de quem manda no Brasil é muito forte, mas vem vindo com força irreversível, incontrolável.

As eleições agora foram por questões locais.

As próximas, nacionais, vão tocar na vida do brasileiro e ele vai se lembrar da vida que começou a ter e da desgraça que veio depois.

O povo vai reconhecendo de maneira cada vez mais forte o papel que Lula teve na sua vida. Esperem e verão.

Vivaldo Barbosa é advogado,  professor e coordenador do Movimento O Trabalhismo. Brizolista e trabalhista histórico, foi deputado federal constituinte pelo PDT e secretário da Justiça de Brizola.


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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