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COMO PREVENIR UMA PICADA DE COBRA

COMO EVITAR ATAQUES DE COBRAS

Como Evitar Ataques de Cobras: Dicas Essenciais de Segurança

As cobras são animais fascinantes e, ao mesmo tempo, temidos por muitas pessoas. A maioria das espécies de cobras, no entanto, não é agressiva e geralmente evita o contato com seres humanos. Um ataque de cobra geralmente ocorre quando o animal se sente ameaçado ou encurralado.

Por isso, ao avistar uma cobra, o melhor a fazer é desviar calmamente, permitindo que ela siga seu caminho e você o seu. Essa atitude simples pode evitar situações perigosas para ambos. Além dessa recomendação, há várias outras medidas de precaução que podem ser tomadas para minimizar o risco de encontros indesejados com cobras. Abaixo, listamos algumas dicas essenciais para garantir sua segurança em áreas onde há a possibilidade de encontrar esses répteis.

1. Utilize Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Em áreas onde há a presença de cobras, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é fundamental. Entre os itens recomendados estão botas de cano longo, luvas de punho alongado e óculos de proteção. As botas de cano longo são especialmente importantes, pois as cobras geralmente atacam a parte inferior das pernas.

As luvas protegem as mãos ao manusear objetos que podem estar escondendo uma cobra, enquanto os óculos de proteção são úteis em ambientes onde há risco de contato com o veneno ou secreções de cobras. A proteção física oferecida pelos EPIs pode ser crucial para evitar uma mordidae seus graves efeitos.

2. Use Bastões ou Varas Longas para Manipular Objetos

Sempre que for necessário manipular objetos, mato ou lixo em áreas onde há possibilidade de encontrar cobras, é recomendável o uso de um bastão ou vara longa. Esse equipamento permite que você mexa em objetos suspeitos de uma distância segura, reduzindo o risco de uma cobra, que possa estar escondida, atacar.

Movimentar objetos ou vegetação de forma cuidadosa, utilizando ferramentas que mantenham você afastado do potencial perigo, é uma medida preventiva eficaz para evitar surpresas desagradáveis. Nunca manipule objetos diretamente com as mãos sem antes verificar se há risco de contato com cobras.

3. Mantenha Seu Quintal Limpo

Uma das formas mais eficazes de evitar cobras em ambientes domésticos é manter o quintal limpo e organizado. A presença de lixo, restos de materiais de construção ou qualquer tipo de entulho pode atrair pequenos animais, como roedores, que servem de alimento para as cobras.

Além disso, esses locais oferecem abrigo para os répteis, que preferem se esconder em locais escuros e úmidos. Portanto, ao manter seu quintal limpo e livre de possíveis esconderijos, você reduz significativamente a probabilidade de que uma cobra se instale no local. Adote a prática de limpeza regular e descarte corretamente qualquer tipo de material que possa servir de abrigo para cobras.

4. Evite Estacionar Veículos Próximos a Locais de Risco

Outro cuidado importante é evitar estacionar veículos próximos a áreas de mato, lagoas, ou qualquer outro lugar que seja escuro ou úmido. Esses locais são habitats naturais para muitas espécies de cobras, especialmente as que procuram abrigo ou estão em busca de presas.

Estacionar em áreas abertas e longe de vegetação densa ou acumulada é uma forma de prevenir o encontro com esses animais. Caso seja inevitável parar em uma área de risco, verifique ao redor do veículo antes de entrar ou sair, especialmente durante o entardecer ou à noite, quando as cobras estão mais ativas.

5. Use Calçados Fechados e Roupas Apropriadas

Quando estiver em locais conhecidos por terem cobras, é essencial usar calçados fechados e roupas que protejam as pernas. As botas de cano alto ou perneiras são especialmente recomendadas, pois oferecem proteção adicional contra mordidas na parte inferior das pernas, que é a região mais vulnerável em caso de um ataque.

Calças compridas também ajudam a criar uma barreira entre a pele e o ambiente externo, dificultando o acesso de uma cobra à sua pele. A escolha de roupas adequadas é uma medida preventiva simples, mas eficaz, especialmente ao caminhar em áreas de vegetação densa ou em trilhas pouco frequentadas.

6. Tenha Cuidado ao Manipular Objetos no Solo

Ao se apoiar no chão para pegar impulso, descansar ou até mesmo ao manusear objetos que estejam no solo, é crucial prestar muita atenção onde coloca as mãos. Cobras podem estar escondidas sob pedras, troncos ou outros objetos, e o simples ato de colocar a mão nesses locais pode ser o suficiente para desencadear um ataque.

Antes de tocar em qualquer superfície, observe atentamente ao redor e, se possível, use um bastão para mover o objeto e verificar se há cobras por perto. Esse cuidado pode evitar acidentes graves e proporcionar maior segurança durante suas atividades ao ar livre.

7. Nunca Tente Capturar uma Cobra

A tentação de capturar ou matar uma cobra que você encontrou pode ser grande, mas essa é uma atitude extremamente perigosa. A captura de cobras deve ser feita apenas por profissionais treinados, como bombeiros ou equipes especializadas em controle de animais.

Tentar capturar uma cobra por conta própria pode resultar em um ataque, que pode ser fatal dependendo da espécie. Se encontrar uma cobra, o mais seguro é manter distância e, se possível, registrar o encontro com uma filmagem ou fotografia à distância, especialmente da cabeça da cobra, que é a parte mais importante para a identificação da espécie.

Em caso de picada, essa identificação pode ser crucial para o tratamento adequado. Com o avanço da tecnologia, muitos celulares permitem zoom suficiente para captar detalhes importantes sem a necessidade de aproximação. Com essas informações, os profissionais de saúde podem administrar o antídoto correto de forma mais rápida e eficaz.

Seguir essas dicas é essencial para minimizar os riscos de encontros indesejados com cobras. Lembre-se de que as cobras fazem parte do ecossistema e desempenham um papel importante no controle de pragas, como roedores.

Respeitar o espaço delas e adotar medidas preventivas é a melhor forma de garantir a segurança de todos. Equipamentos de proteção, atenção ao ambiente ao redor e a atitude correta ao avistar uma cobra podem fazer toda a diferença para evitar acidentes. Caso ocorra um encontro, mantenha a calma e procure seguir as orientações aqui apresentadas.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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