A Casa das 365 Janelas: Essa mansão existiu ou é lenda?
Contam lá pelas bandas de Pirenópolis que 0 comendador Joaquim Alves de Oliveira, comandante da cidade de Meya Ponte,, um dos homens mais ricos de Goiás no século XIX, tinha tanto dinheiro que mandou fazer um belo casarão com 365 janelas, uma para cada dia do ano.
Fonte: Turismo Pirenópolis
Esta casa, conhecida também como o Palacete do Comendador, ficava bem no centro da cidade e ocupava o que ocupa hoje a casa do Museu da Família Pompeu, na rua nova até mais acima do Campo das Cavalhada. Uma fantástica distância de mais ou menos trezentos metros.
Alguns imaginativos artistas chagaram a desenhá-la e construir maquetes sem nunca ao menos tê-la visto. Como é o caso da maquete que se encontra nos jardins da Quinta Santa Bárbara. Uma tremenda construção em forma de H que de chegaria a beirar a marca de 30.000 metros quadrados de área construída.
Foto Ilustrativa – Reprodução/Internet
Eram dois pavimentos com paredes de adobe; janelas de madeira; baldrames, vigas e esteios de aroeira sobre alicerces de pedra, no estilo arquitetônico da época, o colonial. Contou-me, um famoso historiador, que para se construir esta casa foi preciso desmontar o Castelo do Frota, usar suas madeiras e muito mais.
No pavimento inferior, amplos salões de recepção, salões para reuniões, escritórios, cozinhas e áreas de serviços. No pavimento superior, de tábuas, extenso salão para baile, cômodos para hóspedes e a residência particular do Comendador.
Após a morte do Comendador, que morreu sem deixar herdeiros, contam os locais que a população em peso demoliu a casa para procurar as famosas garrafas de ouro ou algum tesouro escondido do abastado Comendador, e ainda que suas peças de madeira, esteios e janelas, foram utilizadas para a construção de várias casas nas adjacências da Rua do Rosário e Rua Aurora.
Desconheço registros ou documentos que comprovem a existência de tal construção magnífica. Os relatos de viajantes da época mencionam o palacete do Comendador, sem contudo fazer menção da dita magnitude.
Populares que afirmam a existência da Casa de 365 Janelas alegam terem visto as ruínas dos alicerces e se baseiam nos desenhos e na maquete como comprovação histórica.
Verdade ou mentira real, o caso é que a história se faz verdadeira quando habita o imaginário coletivo, o que é de fato.
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O que fazer em Pirenópolis
Pirenópolis é o típico destino de interior pelo qual nos apaixonamos rapidamente e já queremos voltar antes mesmo de a viagem acabar. A cidade e as cachoeiras da região são deliciosas tanto para um bate e volta de apenas um dia quanto para quem deseja relaxar em férias mais longas. Será difícil ir a Piri apenas uma vez.
Sendo assim, não se apresse em fazer tudo correndo. O bom de lá é curtir sem pressa e aproveitar cada lindo cenário que a cidade oferece em meio ao interior de Goiás.
Vale passar pelos prédios históricos do Cine Pireneus, do antigo Theatro de Pirenópolis e da antiga Casa de Câmara e Cadeia, onde hoje funciona o Museu do Divino. Uma visita à Igreja de Nosso Senhor do Bonfim e à Igreja e Museu de Arte Sacra Nossa Senhora do Carmo também são boas pedidas.
No caminho, passe sobre a Ponte do Rio das Almas, de onde é possível ver a imponente Igreja Matriz em meio ao cenário da cidade. E se você gosta de pontes, vale uma foto da Ponte Pênsil Dona Benta.
No mais, é caminhar pelas ruas e aproveitar cada cenário, sem se esquecer de registrar os mascarados típicos das Cavalhadas que estão espalhados por toda Pirenópolis nas mais diferentes versões.