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Brasil volta ao Mapa da Fome

volta ao Mapa da Fome: Pobreza extrema sobe 11% no Brasil e atinge 7% da população

É considerado em extrema pobreza aquele que ganha menos de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia ou 136 reais por mês

Com isso, a porcentagem de pessoas nesta condição no país pulou de 6,5% para 7,2% de um ano para o outro.
Os dados são de um estudo da LCA Consultores com base nos microdados da Pnad Contínua divulgados nesta quarta-feira (11) pelo IBGE.
É considerado em extrema pobreza aquele com renda domiciliar per capita de US$ 1,90 por dia ou 136 reais por mês


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A piora da pobreza extrema aconteceu apesar do fim oficial da recessão econômica, com crescimento de 1% no balanço de 2017 após quedas consecutivas de 3,5% em 2015 e em 2016.]
“Estamos falando de pessoas que em geral não são alcançadas pelo emprego formal, nas quais o mercado não consegue chegar”, diz Cosmo Donato, economista da LCA.
“Se mesmo quando a economia crescendo muito não conseguia chegar, não é agora com retomada incipiente que conseguiria”.
O desemprego teve uma ligeira queda ao longo do ano, mas puxada quase que integralmente pela informalidade e pelo emprego em conta própria.
Cosmo também vê nos dados de pobreza extrema um possível efeito da crise fiscal e da queda de dois dígitos do investimento público em 2017.
Segundo ele, o investimento em rubricas como obras públicas muitas vezes tinha efeitos multiplicadores no interior do país, mesmo quando seu custo-benefício era duvidoso.
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Foto: You Tube 

Regiões e estados

A alta da pobreza aconteceu em todas as regiões brasileiras, indo de 2% na região Norte (1,95 milhão para 1,99 milhão de pessoas) a 24% na região Centro-Oeste (4,4 milhões para 5,5 milhões). Mas é preciso tomar cuidado com as altas relativas.
O Nordeste, por exemplo, teve uma alta de 10,8% na pobreza extrema, um pouco abaixo da média nacional, mas concentra mais da metade das pessoas nestas condições.
Em estados com histórico de baixas taxas de pobreza, altas absolutas menores no número de indivíduos muito pobres geraram saltos chocantes: foi o caso de Paraná (37%), Distrito Federal (61%) e Mato Grosso do Sul (70%).
Houve queda do número de pessoas em pobreza extrema em Rondônia (-18,7%), Tocantins (-14%), Santa Catarina (-9,7%), Amapá (-1,6%), Ceará (-1,5%), Mato Grosso (-1,3%) e Paraíba (-1%) de 2016 para 2017.
pobreza Blog Causos e Fatos

Foto: Internet

Critérios

O números de câmbio real são de 2011 com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias de renda mais baixa.
A referência de renda que define pobreza é do Banco Mundial e usa dólar em paridade de poder de compra, uma medida que equaliza o valor de bens e serviços nos diferentes países. Saiba mais: Onde estão os pobres do Brasil? 
Foram consideradas todas as fontes efetivas de renda: trabalho, previdência ou pensão, programas sociais, etc.
No momento não é possível comparar os dados com os de anos anteriores por causa de mudanças recentes na metodologia da PNAD Contínua. A LCA está trabalhando para harmonizar os dados e criar uma série histórica.
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Foto: PT

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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