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Anti-histamínicos

ANTI-HISTAMÍNICOS NATURAIS PARA ALIVIAR SINTOMAS DE ALERGIA

Anti-histamínicos naturais: Conheça 10 opções para aliviar sintomas de alergia

Você faz uso de anti-histamínicos? Sabia que existem alternativas naturais para eles? Falaremos mais sobre elas neste artigo, mas lembrando sempre que o acompanhamento médico é primordial.

Por Eliane Oliveira – greenme

Anti-histamínicos são substância utilizadas para combater os efeitos da histamina no organismo. Esta por sua vez, é uma substância liberada pelo nosso quando entramos em contato com agentes alérgenos.

Quem tem rinite, por exemplo, sofre com espirros, coceira no nariz, olhos e garganta. Esses sintomas são reações provocadas pelo excesso de histamina liberada no organismo e os anti-histamínicos são utilizados para aliviar esses sintomas (eles não curam, apenas amenizam os sintomas).

Geralmente, os anti-histamínicos são utilizados em forma de medicamentos, os quais em sua maioria causam sonolência e, dependendo da dosagem, afetam a cognição e a psicomotricidade, é o que afirma a Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia.

Pensando nisso, buscamos sempre informações que nos levem a usufruir cada vez mais do que a pode nos oferecer de graça! Por isso selecionamos 10 opções naturais que fazem parte do nosso dia a dia e que, assim como os medicamentos anti-histamínicos, ajudam a aliviar os sintomas de alergias como rinite, urticária, conjuntivite, eczema, entre outros. Escolha seu ingrediente e faça o teste!

10 opções de anti-histamínicos naturais

De acordo com uma pesquisa feita pela coach em holística Alison Vickery, existem alimentos considerados anti-histamínicos que combatem os efeitos da histamina em nosso organismo e aumentam as reservas naturais fortalecendo o sistema imunológico.

O melhor de tudo é que a maioria deles estão presentes em nossas , sejam em forma de temperos, chás, sucos ou vitaminas! Dos 21 que aparecem na sua pesquisa, separamos 10 opções mais utilizadas em nosso cotidiano para conhecermos sobre seus benefícios:

1. Agrião (Nasturium officinale)

O agrião é um vegetal da família das plantas crucíferas (couve, nabo, rabanete, espinafre…) e possui um gosto amargo e picante. Segundo um estudo, ele inibe 60% das histaminas liberadas pelas células do nosso organismo, comprovando assim ser um ótimo ingrediente no combate às alergias. Normalmente o agrião é consumido em saladas, mas também pode ser utilizado na preparação de sucos e chás adoçados com mel.

2. Cebola (Allium cepa)

Além de ser muito nutritiva, a cebola é um excelente prebiotico. De acordo com esta pesquisa, a cebola inibe a liberação de histamina diminuindo o nível desta no sangue e regula os mastócitos (células do tecido conjuntivo que liberam a histamina no organismo). É mais utilizada como tempero, podendo ser consumida tanto crua em saladas ou pratos frios ou refogada nos preparo de pratos quentes.

3. Alho (Allium sativum)

Assim como as cebolas, o alho também é muito nutritivo, rico em antioxidantes e bastante eficiente na inibição das histaminas pelos mastócitos. Também é utilizado como tempero no preparo da maioria dos pratos, mas é bastante eficaz quando utilizado em forma de chá para a prevenção de respiratórias.

4. Manjericão-Sagrado (Ocimum tenuiflorum)

Manjericão- ou Manjericão-Santo é uma de sabor sutil, levemente floral, estabilizante, anti-anafiláticas e anti-histamínicas. Utilizado em forma de folhas secas para chás, mas recomenda-se utilizar as folhas frescas que são fáceis de cultivar. Usamos muito suas folhas frescas no preparo de pizzas, carnes, molhos e pratos específicos.

5. Tomilho (Thymus vulgaris)

O tomilho é uma erva muito nutritiva, rica em vitamina C e flavonóides, que também ajudam a estabilizar os mastócitos e possuem benefícios anti-microbianos. Pode ser consumido tanto em forma de chá como em temperos.

6. Camomila (Matricaria recutita)

A camomila é uma queridinha nossa para diversos tratamentos caseiros e uma pesquisa comprova que o uso de suas folhas secas em forma de chá ajudam a estabilizar a liberação de histamina em nosso organismo. Há ainda quem faça o uso do chá de camomila como infusão ou banhos nos casos de alergias de pele (devido ao seu efeito calmante).

7. Urtiga (Urtica dioica)

Assim como a camomila, a urtiga também é consumida em forma de chá e segundo esse outro , é comprovada como uma erva eficiente para a estabilização dos mastócitos e inibição da liberação da histamina.

8. Hortelã-pimenta (Mentha x piperita)

De acordo com uma pesquisa, a hortelã-pimenta foi a que se mostrou mais eficaz no tratamento de rinite alérgica devido ao poder dos flavonóides na inibição da histamina. Podemos consumi-la em forma de chá, suco ou infusão (esta última é bem eficaz para desobstruir as vias respiratórias).

9. Gengibre (Zingiber officinale)

Falamos sobre o gengibre em nosso outro post sobre os 10 remédios caseiros eficazes para tratar a rinite e não foi à toa, pois mais uma vez ele é indicado nessa pesquisa como uma raiz bastante eficaz no tratamento de reações alérgicas, principalmente na inibição da histamina pelos mastócitos.

10. Cúrcuma (Curcuma Longa)

Particularmente a cúrcuma é a minha queridinha! Ela é um poderoso anti-inflamatório, antioxidante e, além disso, outro estudo comprova que ela inibe a ativação dos mastócitos na liberação da histamina. A cúrcuma está presente em outro condimento, o curry muito utilizado nas culinárias indiana e tailandesa. Além do curry, podemos utilizar a cúrcuma em forma de pó ou raiz para ser ralada ou picada no preparo de refeições, temperos de saladas, misturada em sucos e até mesmo na escovação dos dentes! Mas esse é assunto para outro artigo!

Consulte um Médico!

Esperamos que gostem dessas alternativas caseiras, mas vale lembrar que elas não substituem o diagnóstico preciso de um médico capacitado! Essas medidas são apenas preventivas e servem para amenizar os sintomas como um auxílio no tratamento de algumas doenças (alergias).

 


 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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