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Muito além da qualidade de vida

Muito além da qualidade de vida

Não é verdade que estejamos vivendo mais que há 2.000 anos. Vários filósofos gregos, por exemplo, foram bastante longevos. Alguns, muito além. Centenários…

Por Beny Schmidt

A longevidade humana não mudou nunca, cientificamente escrevendo. O que mudou primeiro foi o tamanho da nossa população.

Somos mais de 7 bilhões de habitantes no planeta, talvez 7,5 bilhões e realmente a medicina evita atualmente milhares de mortes prematuras e, com isso, sob este ângulo, e somente nele, vivemos mais hoje em dia.

Mas será que nossa qualidade de vida acompanhou como devia esse aumento do nosso tempo de vida?

Em minha humilde opinião, de jeito nenhum. Falta muita informação acadêmica. Nós, professores de medicina do serviço público do nosso país, dificilmente vamos palestrar na TV, esse grande meio de se falar com a população.

A mídia deturpa a verdade em relação à qualidade de vida.

Mas, para resumir e ser breve: qualidade de vida não é fazer exames de laboratório mensais, não é se automedicar nas farmácias, e não existe medicamento específico para a vida descrito na literatura.

Então, qualidade de vida é: Trabalhar em primeiro lugar. Trabalho, sim.

Em segundo: Alimentação. Não só o que comer, mas o quanto comer. A obesidade hoje é uma epidemia da nossa sociedade.

Terceiro: Esportes. Se mexer é viver.

Deixar a vida te contaminar, ter prazer de viver, não parar de sonhar e querer realizar ainda mais sonhos. Isso sim é qualidade de vida!

Beny Schmidt e1438445530298Beny Schmidt – Médico, em https://avosidade.com.br/

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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