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“Balbúrdia”: NASA premia estudantes brasileiros em concurso de Robótica

“Balbúrdia”: NASA premia estudantes brasileiros em concurso de Robótica

Estudantes brasileiros ganham prêmio em concurso de Robótica da NASA

Por: Redação RPA – razoesparaacreditar

A participação de uma equipe brasileira de estudantes em uma competição da NASA ganhou destaque nos veículos de comunicação não só pela dedicação desses jovens, mas pelo ineditismo da empreitada.

O grupo denominado SpaceTroopers foi o primeiro a representar o no NASA Human Exploration Rover Challenge, evento que em março de 2017 teve sua 24º edição, reunindo estudantes de vários países.

O grupo é formado pelos alunos de Engenharia Química da UFF Nathalia Pires e Fellipe Franco, além de Yago Dutra, Larissa Ferreira, Rafaela Bastos e Alexandre Rodrigues, que cursam o ensino médio em escolas de São Gonçalo e Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Juntos, os seis colecionam mais de 50 medalhas em competições científicas regionais, nacionais e até internacionais.

Estudantes brasileiros ganham prêmio em concurso de Robótica da NASA

Para participar do concurso, os jovens construíram seu próprio Rover – veículo de exploração espacial – que concorreu em Huntsville, no Alabama. “O projeto se desenvolveu superando desafios com a construção, os materiais, a funcionalidade do equipamento e até a inscrição, já que o Brasil não aparecia entre os países na lista de inscritos”, relembra a aluna da UFF e integrante dos Spaces, Nathalia.

Reconhecimento

Entre os prêmios conquistados pelos brasileiros, estão o “Jesco von Puttkamer International Team Award”, destinado à melhor equipe internacional e o “Pit Crew Award”, voltado ao grupo que melhor solucionou as questões que envolveram a atuação do rover durante a competição, considerando critérios como a criatividade e a dedicação destinadas ao projeto.

Estudantes brasileiros ganham prêmio em concurso de Robótica da NASA

Segundo o professor e chefe de Departamento de Engenharia de Telecomunicações da UFF, João Marcos, a presença de uma equipe brasileira no NASA Human Exploration Rover Challenge é de grande importância para o futuro da robótica nacional. “O Brasil precisa cada vez mais formar pessoas com habilidades e criatividade nessa área. Não podemos ficar de fora dessa nova onda para que não sejamos, mais uma vez, um mero importador de tecnologia”, enfatiza.

“Acredito que abrimos uma porta para diversos alunos e que a nossa participação em uma competição da NASA servirá de estímulo para muitos jovens”, destaca Nathalia.

Estudantes brasileiros ganham prêmio em concurso de Robótica da NASA

O investimento no país, entretanto, é limitado. Quando se fala em robótica, ainda se tem em mente robôs em linhas de montagem e submarinos que auxiliam na exploração de petróleo e gás. Contudo, há muitos outros usos em campos que somente agora estão ganhando destaque no mundo, tais como auxílio a cirurgias, veículos autônomos (terrestre, aquático e aéreo), sondas de exploração, vendas diretas ao consumidor e em substituição a um ser humano em operações industriais de grandes riscos, além da nanorobótica.

Felizmente, o interesse por esse campo de conhecimento vem crescendo entre crianças e jovens. “Seja pela interação através de filmes e jogos, pelas tecnologias em geral que a cada dia se tornam mais disponíveis ou até mesmo por um primeiro contato com a área em algumas escolas que tomaram a bela iniciativa de incluí-la em seus currículos”, explica, entusiasmado, João Marcos.

Estudantes brasileiros ganham prêmio em concurso de Robótica da NASA

Incentivando o desenvolvimento da pesquisa e da aplicação da robótica, a UFF contribui para projetos dentro da universidade. Entre as iniciativas estão o UFFight e o PET-Elétrica, que além de produzirem tecnologias, promovem o avanço de estudos na área.

Fonte: https://razoesparaacreditar.com/educacao/brasileiros-premio-robotica-nasa/


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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