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Bandeirantes num novo mundo

Bandeirantes num novo mundo – O cartunista Aroeira traduziu em três quadros de uma charge crítica, “Bandeirantes num novo mundo”,  desta semana a nova saga dos Bandeirantes, que termina em uma alusão ao retrocesso histórico de nosso país, que volta, a olhos vistos, ao atraso e aos massacres do século XVI (e os seguintes tempos das bandeiras paulistas, caçando ouro e índios nos sertões do

Que triste futuro, nesses nossos tristes trópicos por ora estufetatos e praticamente inertes ante os gestos concretos de um presente xauara para destruir o pouco de avanço que, na questão indígenas, tivemos ao longo de 500 anos.

Taí, o texto de Aroeira no “Monumento dos Bandeirantes”. Aff…

  1. Bora pra , moçada… o liberou geral o garimpo em terra !
  2. Maravilha! E vamos de Uber… Sem férias, Décimo Terceiro ou Aposentadoria!
  3. Rapaz, esse século XVI promete…

 

Bandeirantes Aroeira

 

SOBRE O MONUMENTO DOS BANDEIRANTES  OU MONUMENTO ÀS BANDEIRAS

O Monumento do Bandeirantes é uma obra em homenagem aos Bandeirantes, que desbravavam os sertões durante os séculos XVII e XVIII, destruturando a vida de centenas de comunidades e nações indígenas. Foi inaugurado no ano de 1953, fazendo parte das comemorações do IV Centenário da cidade de . O Monumento está localizado no Parque do Ibirapuera, na área que compreende a Praça Armando de Salles Oliveira.

O Monumento às Bandeiras, do escultor Victor Brecheret, começou a ser desenhado ainda em 1920, quando o artista tinha apenas 26 anos de idade. Por conta de uma série de questões políticas do país, a obra só foi concretizada 33 anos depois, às vésperas do IV Centenário da capital paulista de 1954. Já com 58 anos, Victor Brecheret não quis esperar o ano seguinte e finalizou a obra no ano de 1953.

A obra possui cerca de 11 metros de altura total por 8,40 metros de largura e 43,80 metros de profundidade, estando posicionada no eixo sudeste – noroeste, no sentido de entrada das bandeiras sertanistas em busca de terras, ouro e índios no interior. Na face frontal do pedestal, um mapa do Brasil apresenta os percursos que os bandeirantes executaram pelo interior do país, desenhado por Affonso de E. Taunay.

Dados básicos: Wikepedia.

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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