LULA

Brasil: Desafiando a Lei, Lula permanecerá na prisão

Brasil: Desafiando a Lei, Lula permanecerá na prisão

Por Cathy dos Santos/e: I’Humanité

Juízos politico-judiciais lutam para impedir a libertação do ex-presidente.

A de uma possível libertação de Luiz Inácio da agitou o gigante brasileiro. Mas, finalmente, o ex-presidente de , preso arbitrariamente em 7 de abril sob as ordens do juiz Sergio Moro, que já foi nomeado ministro da pelo presidente de extrema Jair Bolsonaro, permanecerá atrás das grades. O presidente do Supremo Tribunal, Antonio Dias Toffoli, foi a peso total para contrariar a decisão de um dos juízes deste órgão, Marco Aurélio de Mello, que, no início do dia de quarta-feira, a pedido do Partido Comunista do (PCdoB), afirmou que os condenados – todos os prisioneiros, incluindo Lula – não poderiam ser presos em caso de remédios existentes. Este veredicto defendeu de facto o seu alargamento imediato. A decisão deste juiz, pai do ex-presidente neoliberal Collor de Mello, que o nomeou para a mais alta corte do Brasil, foi como uma bomba. A advogada-geral brasileira Raquel Dodge imediatamente apelou da decisão do juiz Mello. Este último, no entanto, não cometeu nenhum erro ao proferir esta sentença, já que a presunção de inocência prevalece na ordem constitucional brasileira e no Código Penal. Um direito inalienável, mas negado a Lula, condenado a 12 anos de prisão por motivos políticos. Este último, no entanto, não cometeu nenhum erro ao proferir esta sentença, já que a presunção de inocência prevalece na ordem constitucional brasileira e no Código Penal. Um direito inalienável, mas negado a Lula, condenado a 12 anos de prisão por motivos políticos. Este último, no entanto, não cometeu nenhum erro ao proferir esta sentença, já que a presunção de inocência prevalece na ordem constitucional brasileira e no Código Penal. Um direito inalienável, mas negado a Lula, condenado a 12 anos de prisão por motivos políticos.

Os conspiradores se congratulam

Entre as primeiras pessoas a parabenizar o presidente Toffoli está o chefe de , cuja eleição se deve em grande parte à derrubada do líder histórico do Partido dos . Há outros soldados que fizeram grandes esforços para impedir a libertação de Lula. Prova, se ainda precisasse de um, que o poder judiciário brasileiro não passa de uma quimera.

ANOTE AÍ
Tradução: Tradutor Google

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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