Cantiga brava
Geraldo Vandré
O terreiro lá de casa
Não se varre com vassoura,
Varre com ponta de sabre
E bala de metralhadora.
Não se varre com vassoura,
Varre com ponta de sabre
E bala de metralhadora.
Quem é homem vai comigo
Quem é mulher fica e chora
Tou aqui, quase contente,
Mas agora, vou-me embora.
Quem é mulher fica e chora
Tou aqui, quase contente,
Mas agora, vou-me embora.
Como a noite traz o dia,
Com tristeza ou com demora.
Terá quem anda comigo,
Sua vez e sua hora.
Com tristeza ou com demora.
Terá quem anda comigo,
Sua vez e sua hora.
O que sou nunca escondi,
Vantagem nunca contei,
Muita luta já perdi,
Muita esperança gastei.
Até medo já senti,
E não foi pouquinho não.
Mas, fugir, nunca fugi,
Nunca abandonei meu chão
Vantagem nunca contei,
Muita luta já perdi,
Muita esperança gastei.
Até medo já senti,
E não foi pouquinho não.
Mas, fugir, nunca fugi,
Nunca abandonei meu chão
Geraldo Vandré – Cantiga brava.
Fonte: Sebo Augusto
A canção foi inspirada em “A hora e a vez de Augusto Matraga”, conto de Guimarães Rosa que tornou-se filme de Roberto Santos, e cuja trilha sonora foi composta por Vandré. Aqui, trecho do conto em que o refrão da canção aparece: “E o bando entrou na estrada, com o Tim Tatu-tá-te-vendo puxando uma cantiga brava, de tempo de revolução: “O terreiro lá de casa nao se varre com vassoura: varre com ponta de sabre, bala de metralhadora…”
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