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"CAPELINHA DE MELÃO: É DE CRAVO, É DE ROSA, É DE MAJERICÃO"

“CAPELINHA DE MELÃO: É DE CRAVO, É DE ROSA, É DE MAJERICÃO”

Origem da “Capelinha de Melão”

Por Junia Lara

Para quem sempre se perguntou o que significa “capelinha de melão”, olha aí a explicação!

 É um costume antigo homenagear São João no dia 24 de junho com uma capelinha feita de melão, cravo, rosa e manjericão. Exatamente como na música!
 
Capela, em algumas regiões de Portugal, pode ser uma coroa de flores ou folhas. Uma capelinha, portanto, é uma coroazinha feita de cravo, rosa, manjericão ou folhas de melão São Caetano – que é bem diferente desse que a gente está acostumado. Também eram chamadas capelinhas um tipo de folguedo junino que era dançado usando essas coroas, acompanhado por orquestra de violão, rabeca e clarineta.
 

“Capelinha de Melão é de São João
É de Cravo, é de Rosa, é de Manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não!
Acordai, acordai, acordai, João!

Capelinha de Melão é de São João
É de Cravo, é de Rosa, é de Manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não!
Acordai, acordai, acordai, João!” 

 

 
 

8 respostas

  1. Deu saudade dos tempos em que a gente fazia fogueira de verdade. Brincava, dançava, tomava quentão e comia batata doce assada na fogueira mesmo…

  2. Firme e forte vocês fizeram muito juntos. Você é muito capaz e vai continuar por muitos e muitos anos.
    Desejo tudo se melhor.

  3. Sinto falta das fogueiras. Meus avós faziam.orações e uma procissão,levantavam.mastro num.lote baldio ao lado da casa e uma fogueira enorme que encatava a todos, e…assar batata doce nas brasas da fogueira rendia histórias. Um folclore que deve ser mantido,mas atualmente as escolas fazem a festa com.fogueiras virtuais e roupas sof8sticadas e descaracterizadas. A troco de quê??

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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