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Com vocês, a maionese de pequi!

Com vocês, a maionese de pequi!

Por Lúcia Resende 

Dos frutos que os peregrinos do alvorecer encontraram no pomar do paraíso, aqui no Cerrado do Brasil Central, há mais de 12 mil anos, um dos mais versáteis é o pequi. Come-se arroz com pequi, frango com pequi, carne-seca com pequi, pequi assado, e por aí vai. Sem exagero, há quem chame o fruto de carne amarela, eu inclusive!

Em Goiás, especialmente aqui na nossa região do Nordeste goiano, ultimamente têm aparecido deliciosos temperos à base de pequi com pimenta. E há notícias de que a Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás desenvolveu uma maionese à base do azeite de pequi.

Para a maionese de pequi caseira, o segredo é acrescentar polpa do fruto a sua receita caseira. A que faço é bem orgânica, bem simples, totalmente artesanal, e pode ser usada na hora com legumes cozidos ou crus, com mandioca cozida, com batata-doce, no pão ou nas saladas.

 maionese
 

INGREDIENTES

• 2 gemas de ovo caipira

• 1 xícara de chá de azeite de oliva

• 2 colheres de polpa de pequi

• sal e pimenta a gosto

PREPARO

Coloque a gema, metade da polpa de pequi e uma pitada de sal de numa tigela. Bata devagar e sempre (na batedeira ou na mão mesmo, com o fuet), até formar uma mistura homogênea. Quando estiver bem fi rme, acrescente o restante da polpa, teste o sal e tempere a gosto com pimenta, de preferência com pimenta-de-cheiro. Fica uma delícia!

luciaresende

Lúcia Resende

Professora

@mluciares

 


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Réquiem para o Cerrado – O Simbólico e o Real na Terra das Plantas Tortas

Uma linda e singela história do Cerrado. Em comovente narrativa, o professor Altair Sales nos leva à vida simples e feliz  no “jardim das plantas tortas” de um pacato  povoado  cerratense, interrompida pela devastação do Cerrado nesses tempos cruéis que nos toca viver nos dias de hoje. 

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Réquiem para o Cerrado

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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