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Como combater as traças

COMO COMBATER AS TRAÇAS DA FORMA ECOLOGICAMENTE CORRETA?

Como combater as traças da forma ecologicamente correta/

Que surpresa não grata pegar uma roupa no armário e se deparar com elas: as traças. O combate pode ser feito sem o uso de produtos tóxicos, de maneira natural.

Por Vanessa de Oliveira – pensamentoverde

Primeiro, vamos conhecer um pouco mais sobre esse inseto. Existem três tipos de traças: as que danificam roupas, as que preferem papéis e livros, e as que invadem embalagens de comida. Essas últimas se alimentam de amido, açúcares e proteínas.

Nas roupas, as traças buscam resíduos da escamação da pele, fios de cabelo e oleosidade do corpo. Elas vão onde há mais transpiração e contato da pele com a peça de roupa. Por isso, o ponto mais comum dos furinhos na roupa é na área da barriga, em torno do umbigo, onde há contato forte com tecido e, por isso, a transpiração também é grandemartha

Na fase jovem, as traças aparecem como larvas dentro de casulos achatados que ficam grudados em armários e paredes. Quando adultas, viram insetos que medem cerca de 1,3 cm.

Métodos naturais de combate

Um meio eficiente de se livrar das traças é através do extrato de neem. Esse inseticida não faz mal aos mamíferos (incluindo nós, humanos) como os produtos mais convencionais.

O neem é uma árvore do sudeste da Ásia e do subcontinente indiano. Ela tem capacidade para suportar condições extremas de calor e da água, melhora a fertilidade do solo e reabilita terras degradadas. Essa árvore também desempenha um papel importante no controle da erosão do solo, da salinização e prevenção contra os efeitos de inundações.

COMO COMBATER AS TRAÇAS DA FORMA ECOLOGICAMENTE CORRETA?
Reprodução/Internet

Para livrar-se das traças, após limpar a casa, aplique o extrato de neem nos ambientes em que elas possam habitar. Apenas tome cuidado para não deixar o neem escapar para lugares que atraiam abelhas, como vasos de plantas, pois é prejudicial à elas.

Outra sugestão ecologicamente correta para combater as traças é o terpeno limoneno, uma substância natural presente em alguns produtos de limpeza mais sustentáveis, no óleo essencial de laranja e de limão, entre outros.

Se utilizado na versão de óleo essencial, a recomendação é pingar três gotas nas gavetas ou em outros compartimentos em que as traças possam se abrigar.

Uma caseira também pode auxiliar para afastar esses insetos, feita à base de cola e farinha. A preparação é feita com goma arábica, quatro partes de farinha de trigo, seis partes de açúcar, duas partes de ácido bórico em pó e água para dar liga. Após misturar até formar uma massa homogênea, coloque porções em tampinhas e espalhe nas áreas infestadas.

Outras formas de prevenção

Para prevenir essa visita indesejada nas suas roupas,  coloque as peças em locais limpos, arejados e secos. Roupas atacadas podem ser colocadas em sacos plásticos e depois em um freezer por alguns dias. O procedimento mata os ovos e as lagartas infestantes.

Já para as traças de papéis, evite o acúmulo do material, mantendo livros e revistas em lugares adequados e limpos.

Outra dica é manter sempre limpos rodapés e frestas com aspirador de pó, reduzindo a disponibilidade de alimento para esses insetos.


 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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