Confira 5 gases que poluem o ar e que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente

5 GASES QUE POLUEM O AR E QUE SÃO PREJUDICIAIS À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE

5 gases que poluem o ar e que são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente

Diante da emergência que o planeta está vivendo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), publicou dados referentes a cinco gases nocivos à saúde e ao meio ambiente. Reforçando ainda que a poluição está diretamente ligada às mudanças climáticas, o que gera impacto direto no aquecimento do planeta

Via Casa Ninja Amazônia

A pesquisa destaca que pelo menos 7 milhões das mortes anuais são provenientes da poluição atmosférica, e que cerca de 90% da população mundial respira ar que excedem os níveis estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O diretor do Pnuma, Valentin Foltescu, afirma que se o mundo usasse a capacidade e conhecimento que possui para melhorar a qualidade do ar, a expectativa de vida, a saúde humana e do ecossistema se elevariam.
É certo dizer que de nada se vale tanto conhecimento, se este é usado pela maioria para exclusivamente destruir em troca de lucros “passageiros”.

Conheça agora os cinco gases poluentes atmosféricos mais perigosos:

PM2.5

As PM2,5 são partículas finas invisíveis a olho nu, embora sejam perceptíveis como névoa em áreas altamente poluídas e presentes dentro e fora de casa. Suaas partículas é resultado da queima de combustíveis impuros como, resíduos agrícolas, atividades industriais, transporte e poeira levada pelo vento, entre outras. Elas podem ser emitidas diretamente ou formadas na atmosfera a partir de diversos poluentes emitidos. As emissões penetram profundamente nos pulmões e na corrente sanguínea, aumentando o risco de morrer de doenças cardíacas e pulmonares, derrame e câncer.

Ozônio ao nível do solo

O ozônio ao nível do solo é um poluente climático de curta duração, no entanto, é um forte gás de efeito estufa. Ele se forma quando poluentes da indústria, tráfego, resíduos e produção de energia interagem na presença da luz solar. Ele provoca a piora da bronquite e enfisema, desencadeia a asma, danifica o tecido pulmonar e reduz a produtividade agrícola. A exposição ao ozônio causa cerca de 472 mil mortes prematuras a cada ano. Como o gás impede o crescimento de plantas e florestas, ele também reduz a quantidade de carbono que pode ser sequestrado.

Dióxido de nitrogênio

Os óxidos de nitrogênio são grupos de compostos químicos poluentes do ar, incluindo dióxido de nitrogênio e monóxido de nitrogênio.

O dióxido de nitrogênio é o mais prejudicial desses compostos e é gerado a partir da combustão de motores a combustível e da indústria. Ele pode danificar o coração e os pulmões humanos, além de reduzir a visibilidade atmosférica em altas concentrações e é um precursor crítico para a formação de ozônio ao nível do solo.

Carbono Negro

O carbono negro, ou fuligem, é um componente do PM2.5 e é um poluente climático de curta duração. São emitidos através de queimas agrícolas e incêndios florestais que às vezes são as maiores fontes mundiais de carbono negro. Também vem de motores a diesel, queima de lixo e fogões e fornos que queimam combustíveis fósseis e de biomassa. Ele causa problemas de saúde e morte prematura e aumenta o risco de demência.

Metano

É um potente gás de efeito estufa. Molécula para molécula, o metano tem mais de 80 vezes o poder de aquecimento do dióxido de carbono. O metano vem principalmente da agricultura, especialmente pecuária, esgoto e resíduos sólidos, e produção de petróleo e gás. A redução das emissões desses gases causadas pelos humanos, que responde por mais de metade do total, é uma das as formas mais eficazes de combater as alterações climáticas.

Ele contribui para doenças respiratórias crônicas e morte prematura. A pesquisa do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, Ipcc, mostra que o metano é responsável por pelo menos um quarto do aquecimento global.

Nota da Redação: este texto foi publicado em janeiro de 2022. Entretanto, a situação segue praticamente na mesma ou até mais grave, daí a necessidade de republicação, como meio de alerta.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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