Conheça a filantech que já redirecionou 850 toneladas de alimentos que seriam descartados no lixo

Conheça a filantech que já redirecionou 850 toneladas de que seriam descartados no

Na atual conjuntura econômica, com o aumento da social, inúmeras soluções e atividades com grande potencial de geração de valor socioambiental ainda permanecem à margem da e com atuação bastante elementar.

Por Razão Para Acreditar/Redação

Isso porque as organizações que compõem o terceiro setor dependem de doações como a sua principal forma de alavancar capital. Nessa perspectiva, o grande desafio está em encontrar um fluxo constante de dinheiro que as permitam aumentar seu impacto social, de forma que os financiamentos não conflitem com sua social e filantrópica.

Para que a filantropia cumpra seu papel de resolver problemas reais do , é necessário que ela seja reestruturada, com foco em desenvolver soluções de forma palpável, tecnológica e conectada às tendências de outros setores.

A exemplo do mercado de startups e empreendedorismo, por meio do investimento em e inovação, algumas iniciativas já caminham nesse sentido. Conhecidas como techs, em uma infindável lista de setores: as fintechs, healthtechs, govtechs, edtechs e etc, promovem soluções justamente utilizando a tecnologia e novos modelos financeiros.

A profissionalização das atividades filantrópicas pode impulsionar ações sociais que já existem e transformá-las, com um modelo de negócio eficiente e duradouro, tornando esse processo menos paliativo e mais escalável. Dentro desse contexto, surge a Filantech – um movimento iniciado de forma pioneira no pela Infineat, o primeiro player a repensar essa dinâmica no país.

A startup iniciou sua atuação na gestão de desperdícios para solucionar problemáticas sociais importantes e urgentes, como a fome, trazendo uma nova abordagem de como se construir negócios no terceiro setor: com a mentalidade de crescimento, escalabilidade, tecnologia e sustentabilidade.

Transformação na gestão de desperdícios: ganha-ganha-ganha

Inovando no segmento filantrópico relacionado às doações de alimento, a Infineat propõe uma transformação na gestão de desperdício. A filantech atua com um modelo totalmente novo, a partir da criação de soluções que contemplem todo o cuidado do alimento.

Desde o momento em que ele foi considerado impróprio para venda, onde o caminho natural era o lixo, a startup subverte essa lógica, pois embora não podendo mais ser comercializados, os alimentos ainda estão próprios para o consumo.

Nesse cenário, a Infineat surge fazendo a gestão completa desses produtos (com aparência danificada; que não irão para o ponto de venda; com prazo de validade próximo; ou que por algum motivo seria descartado por não ter mais potencial de comercialização) até a última ponta, a fim de permitir que o alimento produzido cumpra seu papel: alimentar pessoas com dignidade.

A estratégia resolve problemas dos clientes do setor alimentício, que antes descartavam toneladas de produtos por não existir solução socioambientalmente adequada para lidar com o desperdício. Dessa forma, garante-se que o alimento seja utilizado em sua totalidade, trazendo benefícios a todos os envolvidos na cadeia.

A Infineat é uma associação sem fins lucrativos, que recolhe alimentos que seriam descartados, com um custo zero para o doador. Ao mesmo , esses alimentos possuem um valor potencial integral para a entidade, uma vez que senão viessem de doações, para adquiri-los ela teria que comprá-los. Para cada real investido na operação, cerca de 15 reais em valor de produtos são resgatados e entregues às instituições assistidas.

“A nossa atuação é baseada em uma solução completa de doação. Para tanto, altera a logística de descarte de alimentos das empresas, tornando o processo mais organizado, otimizado e com custos reduzidos. Além de oferecer total apoio jurídico (lei 14.016), consultoria e treinamento, também somos responsáveis por gerir a operação diária entre cada cliente e as instituições beneficiadas, auxiliando no redirecionamento dos alimentos e da atuação ESG da empresa”, explica Alexandre Vasserman, CEO da Infineat.

Além disso, a filantech unifica o relacionamento e conexão com ONG’s parceiras que processam e/ou distribuem os alimentos: escolas, asilos, creches, comunidades e afins. “Via plataforma proprietária, absolutamente todos os dados são imputados e analisados, permitindo entendimento do que seria descartado, mas que, agora, é redirecionado a quem mais precisa. Trazemos do impacto sócio-econômico-ambiental da parceria. O verdadeiro ganha-ganha-ganha”, finaliza.

E quem já tem atuado nesse movimento junto à Infineat?

Em 4 anos de atuação, a Infineat firmou parceiras com grandes clientes como Unilever, Coop, e Grupo St. Marche. Como resultado de suas estratégias inovadoras de filantropia, já conseguiu redirecionar 850 toneladas de alimentos, correspondentes a 1,4 milhões de refeições complementadas. Atualmente, são quase 60 toneladas redirecionadas por mês, com crescimento de 12x no último ano. Quando se fala em economia gerada, ao todo já foram R$ 7,7 milhões em valor de produtos.

“O conceito de Filantech surgiu com o propósito de gerar uma revolução no setor filantrópico, reforçando a atuação de causas que já existem e que não conseguem se alavancar, ampliando seu poder de ação e de impacto”, reforça Vasserman.

A Infineat está na vanguarda da implementação desse modelo de negócio no Brasil, com trabalhos voltados para o combate à fome e à gestão de desperdícios, que visam solucionar problemáticas sociais e ambientais. O projeto se mostra como um primeiro passo, do qual muitas outras iniciativas, empresas e setores, podem se beneficiar, sendo possível vislumbrar a sua aplicação em diferentes segmentos e realidades.

Sobre a Infineat

A Infineat é a primeira filantech que nasceu com a missão de erradicar a fome e o desperdício de alimentos. Aliada à tecnologia e inovação, tem realizado trabalhos brilhantes no segmento filantrópico no Brasil, firmando parcerias com grandes clientes nacionais, através da implementação de soluções que garantem uma gestão eficiente de desperdícios. Até o momento, mais de 850 toneladas de alimentos já foram redirecionadas, gerando uma economia de milhões de reais em serviços e produtos.

*Com informações da assessoria de imprensa

Fonte: Razão Para Acreditar/Redação. Foto: Divulgação. Este artigo não representa a opinião da Revista e é de responsabilidade do autor.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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