Dança Celestial

Dança Celestial

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Que são e como se movem os principais corpos celestes do Sistema Solar…

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A definição mais comum de Sistema Solar diz que ele é o conjunto de corpos (planetas, satélites naturais, asteróides, planetas anões, cometas) e matéria (gases e poeira) que gravitam ao redor do Sol. 

Várias teorias tentam explicar sua . A mais aceita atualmente pelos tem como base a Hipótese Nebular. E diz que o Sistema Solar surgiu a partir de uma nuvem de um grande número de gases (oxigênio, nitrogênio, hidrogênio, hélio) e poeira cósmica – formada por elementos químicos como ferro, ouro, urânio. 

Esta nuvem, em algum momento, começou a se contrair, acumulando matéria e energia, o que acabou dando origem ao Sol e aos planetas. Isso ocorreu a mais de 4,5 bilhões de anos.

Além da , outros sete planetas fazem parte do Sistema Solar: Mercúrio, Marte, Júpiter, Vênus, Saturno, Urano e Netuno. 

Plutão, que foi descoberto em 1930 e até 2006 era considerado um , hoje é apontado pela comunidade acadêmica como um planeta anão (pequeno do Sistema Solar). A mudança ocorreu em 2006, quando a União Astronômica Internacional alterou os critérios que até então serviam para definir um planeta.

Como organizador desse “sistema” está o Sol. Muitas civilizações politeístas acreditavam que o Sol era uma divindade – os gregos o chamavam de Hélio, os persas de Mitras e os de Rá. Hoje sabemos que ele é a estrela central do nosso sistema planetário e e também a principal fonte de energia da Terra (99,98%). 

Sua distância em relação ao nosso planeta é de aproximadamente 150 milhões de quilômetros (ou uma Unidade Astronômica – UA) Isso significa que a luz solar demora 8 minutos e 18 segundos para chegar aqui. Ainda assim, o Sol é a estrela que está mais perto da gente. Depois dele vem a Proxima Centauri, localizada a uma distância 270 mil vezes maior: sua luz demora mais de 4 anos para chegar até nós. 

A temperatura do Sol é impressionante: mais de 5 mil graus Celsius na superfície e 15 milhões de graus no núcleo central. Sua massa é 333 mil vezes maior do que a da Terra, e seu volume, mais de 1 milhão. Apesar do tamanho, o Sol é na verdade uma esfera uma esfera gasosa – com massa composta basicamente por hidrogênio (73%) e hélio. 

Até agora,  sabe-se que em torno dele gravitam pelo menos oito planetas, três planetas-anões, 138 satélites, centenas de asteróides e um grande número de cometas. 

Fonte:  Revista Nossa Terra – Biblioteca da /Acre – Maio de 2010. 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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