Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

DEMOCRACIA INABALADA

INABALADA

No dia 8 de janeiro, exatamente um ano depois da tentativa de golpe que vandalizou a Esplanada dos Ministérios, depredou os prédios públicos no Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal, os Três Poderes da República se reuniram no Congresso Nacional para a realização do ato Democracia Inabalada.

Por Iêda Leal

Em uma cerimônia solene, com a presença de autoridades e representantes da civil organizada, o governo brasileiro devolveu, simbolicamente, o público depredado no ataque golpista de 8 de janeiro.
Em um sistema governamental, a importância da democracia está intimamente ligada à , igualdade e participação política de cidadãos e cidadãs que creem na Democracia como fator essencial para a promoção dos , a garantia do Estado de Direito e o fomento ao Econômico e Social.
O valor da Democracia reside na capacidade de empoderar os cidadãos e as cidadãs, promover a e a igualdade e fornecer uma base política sólida para o funcionamento adequado de uma sociedade.
A despeito de tudo, as instituições brasileiras venceram e a Democracia prevaleceu no . O início de uma nova era vem com o recomeço de um tempo de desenvolvimento sustentável, paz, oportunidade e justiça para todos, todas e todes.
Golpistas, quem quer que sejam, devem pagar pela irresponsabilidade criminosa de ferir a República. Como disse nosso Presidente : “O exercício da Democracia deve ser diário. Devemos construir a Democracia todos os dias”!

ieda leal Iêda Leal – Secretária,de Combate ao Racismo da CNTE; Secretária de Comunicação da CUT-GO; Tesoureira do ; Coordenadora Nacional do Movimento Negro Brasileiro. Foto de capa: Arquivo pessoal.

 
 
 
 
[smartslider3 slider=43]

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA