Desmatamento na Amazônia cai pelo sétimo mês consecutivo
Número de alertas registrados pelo INPE em setembro deste ano foi 57% menor do que a cifra do mesmo período em 2022.
Por Cristiane Prizibisczki/O Eco
O desmatamento continua em queda na Amazônia em 2023. Até o dia 29 de setembro – data da última atualização realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nos números – o órgão registrou alertas para 590,3 km².
Segundo dados divulgados no final da tarde desta sexta-feira (6) pelo Governo Federal, considerando todo o mês de setembro, a queda foi de 57%. Este é o sétimo mês consecutivo de queda no número de alertas.
Somente no mês de fevereiro de 2023 o desmatamento na Amazônia apresentou alta. Em todos os outros meses do ano, os números foram menores do que aqueles registrados em 2022. Segundo nota do governo federal, de janeiro a setembro a redução na destruição do bioma foi de 49,5%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em setembro de 2023, o estado que mais desmatou foi o Pará, com 282 km² de alertas gerados, seguido pelo Mato Grosso, com 117 km², Amazonas (95 km²), Rondônia (45 km²), Acre (19 km²), Roraima (15 km²) e Maranhão (15 km²), Amapá (3 km²). Tocantins não registrou desmatamento no período.
Entre as medidas aplicadas no bioma, o Ibama aumentou em 139% os autos de infração por crimes contra a flora de janeiro a setembro em relação à média para o mesmo período nos últimos quatro anos. Os embargos (proibição do uso de áreas desmatadas ilegalmente) cresceram 98%, as apreensões de bens, 76%, e as destruições de equipamentos usados em crimes ambientais, 145%.
Houve apreensão de mais de 4,5 mil cabeças de gado, 30 aeronaves e 36 toneladas de cassiterita, entre outros bens. Também foram bloqueados 2 milhões de metros cúbicos de créditos virtuais fraudulentos no sistema de controle de produtos florestais. O Ibama realizou operações em 85 Terras Indígenas desde janeiro.
Dos 280 mil hectares embargados com a retomada das operações remotas no início deste ano, 213 mil ha ocorreram em áreas privadas, e 67 mil ha, em terras públicas.
*Texto atualizado às 20h09 para inserção de informações do Governo Federal.
Cristiane Prizibisczki – Jornalista. Fonte: O Eco. Foto: Ibama/Ascom.