Dilma Rousseff é eleita Mulher Economista de 2023

é eleita Economista de 2023

A solenidade de entrega do prêmio está programada para ocorrer em 2024, em data ainda a ser confirmada.

Por Redação/Mídia Ninja

No último fim de semana, o Conselho Federal de (Cofecon) e os Conselhos Regionais de Economia (Corecons) anunciaram a escolha da ex-presidente Dilma Rousseff para receber o prestigioso prêmio “Mulher Economista” de 2023. Atualmente, Dilma desempenha o papel de presidente do Banco do Brics.

A decisão de homenagear Dilma Rousseff foi comunicada por meio de um comunicado oficial do Cofecon, que destacou o reconhecimento do e da expertise da ex-presidente no campo econômico. O comunicado ressaltou ainda o papel fundamental de Dilma na formulação e implementação de políticas que moldaram a trajetória econômica do .

“A escolha de Dilma Rousseff para o prêmio ‘Mulher Economista’ reflete não apenas sua contribuição notável para o econômico do país, mas também reconhece seu papel histórico na implementação de políticas que influenciaram positivamente a economia brasileira”, afirmou o Cofecon.

A solenidade de entrega do prêmio está programada para ocorrer em 2024, em data ainda a ser confirmada. O evento será marcado não apenas pela a Dilma Rousseff, mas também pela posse da nova diretoria do Cofecon, tornando a ocasião um momento significativo para a comunidade econômica nacional.

O prêmio “Mulher Economista” busca reconhecer e destacar que tenham desempenhado papéis notáveis no campo econômico, promovendo a igualdade de gênero e inspirando futuras gerações de profissionais.

Fonte: Mídia Ninja. Foto de capa: A ex-presidente em um evento em Paris, 2019 (Reproduçâo: Instagram).

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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