Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.

E-book gratuito “Ao me ver no espelho” denuncia violência contra a mulher

E-book gratuito “Ao me ver no espelho” denuncia contra a mulher

Oitavo e-book de Maxwell dos Santos relata o drama de Juno, jovem que tem o sonho de se tornar modelo, mas sofre atentado com ácido clorídrico a mando do ex-namorado.

O escritor Maxwell dos Santos lançou seu oitavo e-book, a novela Ao me ver no espelho, que aborda violência contra a mulher e relacionamentos abusivos.

Juno, 19 anos, descendente de italianos, moradora do Itararé, estudante de Design Gráfico em uma faculdade privada, trabalha como arte-finalista numa gráfica. Namora Túlio, 23 anos, professor de inglês num famoso cursinho de idiomas. A jovem tem o sonho de se tornar modelo. Para alcançar tal objetivo, inscreve-se no concurso Garota Verão 2013, cujo prêmio é um contrato de 50 mil reais em trabalhos com uma agência de modelos de São Paulo.

No entanto, Túlio não aceita a ideia de ver sua namorada participando do certame. O casal discute e Túlio dá um soco no rosto de Juno. Desde então, Túlio passa a persegue. Ela pede ajuda à sua madrinha, a advogada Anna Victória, que obtém medida protetiva da Lei da Penha contra Túlio, que precisa ficar a 50 metros.

 

Transtornado, Túlio se vinga Juno. Obtém, em meios espúrios, ácido clorídrico, que está armazenado em uma garrafa de Coca Cola, paga um rapaz para que este fique de tocaia na casa de Juno e atire o ácido nela. Quando Juno sai de casa para ir à final do Garota Verão, na Praia da Bacutia, em Guarapari, é atingida pelo ácido.

“É de causar espécie um professor, com curso superior, ter essa mentalidade tacanha e obtusa de homem dos anos 50, que trata a mulher como sua propriedade particular. Na primeira violência, Juno se impôs e terminou o namoro. Contudo, Túlio a procurou insistentemente e ela se viu obrigada a recorrer à Lei Maria da Penha. Como retaliação, o rapaz mandou airar ácido contra a ex-namorada.”, observa o autor.

De forma paralela, o e-book abordará outros casos de violência contra a mulher.

Tanto a protagonista, como o vilão são descendentes de italianos. A vencedora do concurso é descendente de pomeranos e mora em Laranja da Terra. Vale lembrar que em 2009, comemora-se 145 anos da imigração italiana e 160 anos da pomerana no Espírito Santo.

Clique aqui para baixar o e-book gratuitamente.

Sobre o autor

Maxwell dos Santos nasceu em Vitória/ES em 1986 e mora na referida cidade. É jornalista, designer gráfico e servidor público da Prefeitura de Cariacica desde 2017. É técnico em Multimídia pelo CEET Vasco Coutinho, licenciando em Letras/Português pelo IFES e em História pela Uninter. É autor dos e-books As 24 horas de Anna BeatrizIlha NoiadaMelanieAmyltão EscancaradoComensais do Caos#cybervendetta e Empoderando-se.

 

 


[smartslider3 slider=34]


 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA