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Eduardo Pazuello foi beneficiado com supersalário dos militares

Eduardo Pazuello foi beneficiado com supersalário dos militares

Ex-ministro Eduardo Pazuello foi beneficiado com supersalário dos militares

Escândalo! Levantamento revela que aproximadamente 1,6 mil militares receberam benefícios de mais de R$ 100 mil neste ano…

Por Mídia Ninja

Após a revelação que o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), o general Walter Braga Netto, recebeu R$ 926 mil em dois meses de 2020, no auge da pandemia de . Outros militares do governo tiveram a folha de pagamento turbinada naquele ano, um deles é o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, considerado um dos responsáveis por centenas de vidas perdidas por falta de gestão e de ações preventivas para conter o vírus.

O general Pazuello concorre ao cargo de deputado federal pelo PL, partido de Bolsonaro, e voltou a ser citado em casos de suposta corrupção no levantamento feito pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO). Aproximadamente 1,6 mil militares receberam benefícios de mais de R$ 100 mil neste ano.

Segundo o novo levantamento, em março este ano, Pazuello recebeu R$ 316.548,44, incluindo o salário de R$ 32.633,40 mais R$ 282.623,84 de verbas indenizatórias. “É um tapa na cara do povo brasileiro, que está passando por uma das piores crises dos últimos tempos”, disse o deputado Elias Vaz sobre os supersalários pagos a militares no governo.

O deputado Elias Vaz é autor do levantamento e já protocolou um requerimento na Câmara, direcionado ao Ministério da Defesa, pedindo explicações sobre o que classifica como “supersalários” pagos aos militares. Só de férias, foram R$ 120 mil pagos ao general Walter Braga Netto em um único mês. Também estão na lista o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

O campeão de benefícios é o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior. Em junho do ano passado, ele ganhou o total bruto de R$ 818.902,09. Na sequência estão o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), tenente brigadeiro-do-ar, Luiz Ricardo de Souza Nascimento. Em novembro de 2021, consta o valor bruto de R$ 719.724,85.

Elias Vaz afirma que o levantamento será entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU) como um complemento à representação feita em julho deste ano pedindo auditoria detalhada na folha de pagamento das Forças Armadas de 2019 até agora.

O documento aponta que a própria Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que militares da ativa estão acumulando cargos e funções e recebendo remunerações que extrapolam o teto constitucional.

Supersalários
Na semana passada, o parlamentar já havia revelado o pagamento de supersalários, no ano de 2020, a um grupo das Forças Armadas que inclui aliados de Jair Bolsonaro, como o candidato a vice na chapa de reeleição do presidente e ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos.

Nota do Ministério da Defesa
Os comandos da Marinha, Exército e Aeronáutica ainda não se manifestaram sobre os supersalários. Em nota, o Ministério da Defesa informa que os valores referem-se à remuneração mensal e a indenizações pontuais e a atrasados. “Essas indenizações são relativas ao recebimento de férias não usufruídas ao longo da carreira, ou a outros direitos, que são calculados na ocasião da passagem dos militares para a reserva”.

Veja os novos dados:
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde

Total bruto: 316.548,44 / Março de 2022

Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante da Aeronáutica

Total bruto: 818.902,09 / Junho de 2021

Luiz Ricardo de Souza Nascimento, diretor da Anac

Total bruto: 719.724,85 / Novembro de 2021

Jeferson Domingues de Freitas, secretário do Ministério da Defesa

Total bruto: 378.184,85 / Maio de 2021

Almir Garnier Santos, comandante da Marinha

Total bruto: 398.809,88 / Maio de 2021

Laerte de Souza Santos, chefe do Estado maior

Total bruto: 322.496,22 /Junho de 2021

Com informações do Congresso em Foco.

Foto de capa: Jefferson Rudy/Agência Senado

http://xapuri.info/francisco-de-assis-e-francisco-de-roma/

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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