Efeito Estufa: pequenas mudanças podem gerar grandes resultados

Efeito Estufa: como pequenas mudanças de atitude podem gerar grandes resultados

O efeito estufa é um fenômeno natural e é importante para a existência de vida na terra. De forma simplificada, o efeito estufa acontece com a radiação solar, que atinge nossa atmosfera e interage com os gases presentes e é transformada em calor. O grande problema é que o processo é acelerado pela humanidade a medida em que aumentamos a emissão de gases, o que cria um desequilíbrio para o planeta. Este desequilíbrio nos direciona ao Aquecimento Global. “Isso tem um efeito catastrófico”, explica Arthur Ngai, engenheiro químico formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Por Jéssica Miwa

Nós conversamos com o Arthur, que nos explicou alguns dos principais efeitos que observaremos no planeta, se continuarmos emitindo esses gases na mesma proporção em que estamos. Além disso, ele trouxe uma luz ao fim do túnel: com relativamente pouco esforço é possível controlar a situação. Gravamos uma verdadeira aula sobre o assunto, que ainda traz atualizações de acordos internacionais e uma visão geral de como o Brasil está contribuindo com os esforços globais.

Arthur Ngai iniciou sua carreira na DuPont em 1996, como estagiário, e hoje acumula 25 anos de experiência no ramo de refrigeração e ar-condicionado. Inicialmente na área técnico-comercial, atuou na introdução de alternativas para a substituição do CFC no mercado brasileiro em suas mais diversas aplicações – tais como: solventes, expansor de espumas de poliuretano, propelentes de aerossol, agentes extintores de incêndio e, finalmente, fluídos para refrigeração.

Por cinco anos, adquiriu experiência comercial na gestão de contas estratégicas da DuPont no segmento OEM automotivo, refrigeração comercial/doméstica e sistemas de ar-condicionado. Trabalhou, ainda, no planejamento estratégico da empresa na transição da tecnologia CFC e HCFC, possibilitando a aceleração e introdução de produtos com tecnologias ambientais mais sustentáveis, como Isceon ®, Vertrel ®, Suva ® e, mais recentemente, Opteon ®.

Antes da DuPont, Arthur trabalhou na Geografia de Mercado, empresa de consultoria em Marketing Geográfico. Atualmente, na Chemours, responde pela Gerência de Negócios para o segmento de Fluídos Refrigerantes para a América Latina.

Assista, abaixo, ao vídeo com o Arthur:

Fonte: The Green Post. Este artigo não representa a opinião da Revista e é de responsabilidade da autora.

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Tags: Aquecimento Global, Brasil

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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